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Aluna divulga vídeo de colega de 15 anos tomando banho em escola; pai da vítima aponta omissão

As imagens foram feitas sem o consentimento da vítima, e só começaram a ser compartilhadas pelo aplicativo de celular WhatsApp entre os alunos

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  • Da Redação

Publicado em 9 de abril de 2014 às 07:34

 - Atualizado há 2 anos

Uma estudante de 15 anos, aluna do 1º ano do ensino médio no Colégio Marista, em Patamares, foi filmada nua enquanto tomava banho no vestiário da escola por uma colega de 14. As imagens foram feitas sem o consentimento da vítima, no fim do ano passado, mas só começaram a ser compartilhadas pelo aplicativo de celular WhatsApp entre os alunos na semana passada.

“Alguns amigos meus já me ligaram para dizer que seus filhos, que nem estudam lá, receberam o vídeo. Se espalhou pela cidade”, lamenta o pai da vítima, que se identifica apenas como Heraldo. Ontem, ele levou a garota para prestar queixa na Delegacia do Adolescente Infrator (DAI).

O pai da moça informou que processará o Marista e os pais da autora da filmagem por tentarem acobertar o crime. Segundo ele, sua filha soube da existência do vídeo na terça-feira (1º). “O Colégio também soube e pediu a ela que não nos comunicasse, porque ia verificar. O colégio descobriu quem postou, conversou com os pais da menina, conversou conosco, e ficou por aí. Disseram para nós que ela ia ser suspensa, mas nem isso fizeram”, reclama.

Heraldo informou que, devido ao trauma, sua filha está sendo acompanhada por um psicólogo, mas preferiu continuar no colégio. “Quem está errada não é minha filha. Não é ela quem tem que sair. O que se esperava é que a menina fosse expulsa. Ficava o exemplo”, sugere.

A delegada Claudenice Mayo, titular da DAI, informou que irá intimar a autora da filmagem e representantes da escola a depor, para, em seguida, apurar as responsabilidades. “A gente não pode ainda caraterizar como omissão (do colégio), porque não sabemos quais providências eles adotaram”, afirma.

A delegada salientou ainda que, além da autora do vídeo, quem compartilhou também pode ser indiciado por pedofilia. O Ministério Público (MP-BA) aguarda a queixa-crime da Polícia Civil para adotar alguma medida. O Marista se manifestou através de nota oficial em que não confronta diretamente as acusações do pai da vítima.

No comunicado, a direção diz “estar tomando todas as medidas cabíveis em relação ao caso”. Entre elas, citou manter “o diálogo responsável com as famílias” e disse estar em fase de produção de “relatório com as informações sobre o caso para envio ao Conselho Tutelar”. Na nota, a instituição afirma ainda que as atitudes tomadas  têm por fim “zelar pela integridade das pessoas envolvidas”.