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Bruno Wendel
Publicado em 12 de maio de 2022 às 11:18
- Atualizado há 2 anos
O arrastão que aconteceu na noite desta quarta-feira (11) contra motoristas na Avenida Ulysses Guimarães, no bairro de Sussuarana, foi uma ação audaciosa. Isso porque os criminosos assaltaram no trecho que é conhecido por ter uma intensa movimentação de pelo menos cinco unidades da Polícia Militar.>
"Instantes antes do fato, tínhamos uma equipe nossa no local fazendo uma parada, mas eles (bandidos) são oportunistas. A viatura precisou sair para atender uma ocorrência, foi o momento que eles agiram. Elas agiram de forma muito rápida. Quando retornarmos, já tinham fugindo por um matagal. A via é um local de passagem constante de viaturas e mesmo assim não foi suficiente para intimidá-los. Passam viaturas da Operação Gêmeos, Operação Apolo, da 48ª CIPM, Batalhão de Guardas, Rondesp", declarou o comandante da 48ª CIPM (Sussuarana), major Luciano Jorge. Segundo ele, equipes da PM estão mobilizadas na caçada aos bandidos. >
O arrastão aconteceu por volta das 18h, quando um ônibus fazia uma manobra para estacionar no lado direito da Avenida Ulisses Guimarães, a que liga a Sussuarana à região do Cabula. "Os ônibus ficam estacionados no lado direito da avenida até dar o horário para irem ao final de linha, pois lá não é uma rotatória e não há espaço para os veículos ficarem", declarou o major. >
Em seguida, o rodoviário foi obrigado a atravessar o ônibus na avenida, bloqueando a passagem, para então os bandidos realizarem o arrastão nos motoristas. "Segundo relatos, eles agiram com uma certa violência. Empregaram energia para intimidar uma possível reação das vítimas, xingando e ameaçando atirar", contou o major. >
Pelo menos três homens participaram do crime. "Já detectamos três, isso é fato. Desses, nosso serviço de inteligência já identificou um, que já foi preso por assalto a ônibus e saiu depois de uma audiência de custódia. Mas temos informações de uma quarta pessoa envolvida, que ficava de olho na aproximação de viaturas", disse o major>
Os bandidos saíram de uma vegetação, que fica no lado direito da via. "É o matagal dá acesso a Tancredo Neves, ao Parque Jocélia, Novo Horizonte. É um local que também não tem iluminação, o que favoreceu ainda mais para a ação criminosa", contou o major. >
O major falou sobre a dificuldade da polícia para obter informações que ajudam no combate à violência na região. " As vítimas não foram à delegacia. Elas deixaram de fornecer os dados que nos ajudam atuar com mais precisão na mancha criminal. O trabalho preventivo é em cima de estatísticas, para que possamos mobilizar o efetivo afim de atender as demandas. Por isso insistimos para as pessoas registrarem as ocorrências", declarou.>