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Aulas gratuitas de balé revelam talentos e formam jovens bailarinas em Salvador

Cerca de 130 crianças e adolescentes participam de aulas do projeto Dança Criança

  • Foto do(a) author(a) Gilberto Barbosa
  • Gilberto Barbosa

Publicado em 17 de dezembro de 2025 às 11:08

A escola utiliza a metodologia Mandala, criada por Marília e baseada no modelo de ensino da instituição inglesa Royal Academy of Dance
A escola utiliza a metodologia Mandala, criada por Marília e baseada no modelo de ensino da instituição inglesa Royal Academy of Dance Crédito: Thaina Bittencourt/ Divulgação

Esbanjando beleza e elegância nos seus movimentos, o balé se apresenta como um sonho para diversas meninas, que vêem nos palcos, uma chance de brilhar. Independente do palco, elas levam seus talentos e encantam o público nas suas apresentações.

Com esse sonho, cerca de 130 crianças e adolescentes participam das aulas do projeto Dança Criança, que realiza aulas no Centro Espírita Cidade da Luz, no bairro de Pituaçu e na Igreja de Nossa Senhora das Dores, no Lobato.

A escola utiliza a metodologia Mandala, criada por Marília e baseada no modelo de ensino da instituição inglesa Royal Academy of Dance por Thaina Bittencourt/ Divulgação

O projeto começou em 2017 por iniciativa da professora de dança Marília Nascimento. Ela conta que o embrião do projeto surgiu quando foi convidada para fazer uma oficina de balé na Cidade da Luz.

“Eu já tinha uma escola de balé e fizemos duas turmas com as aulas e um espetáculo no final. A ideia era trazer uma proposta cultural para a região, que nos acolheu super bem, e que nos permitiu crescer a ponto de termos a nossa própria associação”, conta Marília.

A escola utiliza a metodologia Mandala, criada por Marília e baseada no modelo de ensino da instituição inglesa Royal Academy of Dance, que acompanha as crianças ao longo de um período que dura entre 12 e 16 anos. As aulas são ministradas pela professora Débora Mattedi que foi pupila de Marília desde os 5 anos.

“Eu fui criada nessa metodologia, que passa por seis pilares: afeto, criatividade, consciência, disciplina, técnica e expressão artística. Eu sou muito grata por esse método por ver o quanto os pais valorizam e acolhem o nosso trabalho e a diferença que conseguimos fazer na vida das crianças, mostrando que elas são capazes de fazer o que quiser na vida”, fala Débora.

As meninas são convidadas para realizarem exames na Royal Academy, onde testam suas habilidades com jovens de todo o mundo. As aulas culminaram em uma apresentação realizada no Teatro Jorge Amado no último domingo (14). As meninas também competiram no Festival Nacional Ballace, em agosto, ficando em primeiro lugar na categoria Kids.

“A apresentação é muito emocionante. Você sente um friozinho na barriga, mas mesmo assim continua. É muito, muito, muito legal. Eu era muito insegura quando comecei, fui evoluindo e consegui fazer o exame da Royal. Quero continuar dançando e seguir bem ativa. Sou muito grata à Marília e à Dança Criança por me proporcionarem isso”, disse a pequena Alice Silva, 11 anos.

As aulas acontecem de segunda a quinta-feira nos espaços da Cidade da Luz e da Igreja de Nossa Senhora das Dores, de forma gratuita. Das 148 vagas disponíveis, 127 estão preenchidas com novas seleções previstas para acontecer nos próximos meses. Para saber quando o processo será realizado, é necessário acessar o Instagram do projeto (@dancacriancaoficial).

“Eu fiz muitas amizades aqui no balé. Acho bem legal estar no palco porque nós dançamos, nos divertimos e a professora nos ajuda muito. Eu era muito insegura em ficar na frente, achava que não iria conseguir. No exame da Royal, aprendi que se a professora me colocou ali é porque eu consigo, então fiquei mais segura”, contou Hadassa Correia, 11.

“Eu estou no projeto há quase oito anos e amo estar aqui. Me apresentar no palco é uma inspiração, é algo libertador. Eu saio do mundo que estou vivendo e tiro da mente as minhas preocupações. Eu danço para libertar o que está dentro de mim e não me vejo em outro lugar senão aqui. Se não fosse o balé na minha vida, eu não teria o entendimento e a maturidade que tenho hoje”, completou Verônica Santos, 15.

As professoras destacam a emoção em ver as alunas tomando o palco para si e expressando as suas personalidades. Elas ressaltam o poder da dança em mostrar tudo aquilo que elas podem ser e alcançar o mundo.

“É uma emoção muito grande. Eu já estava emocionada no ensaio geral por ver a evolução dos alunos e ver quem eles já estão tomando o espetáculo. No começo, nunca vemos onde podemos chegar e eu acho que estamos chegando longe com esse trabalho de formiguinha, de dentro para fora e tentando estruturar o máximo e dar um passo de cada vez”, finaliza Marília.

“A palavra que descreve o que eu sinto é amor. Eu sinto muito amor por minhas alunas, por vê-las dançando, crescendo, mostrando o seu potencial e estando focadas e determinadas. Eu já passei por esse processo e a Marília sempre mostrou como qualquer pessoa é capaz de dançar”, conclui Débora.

Tags:

Dança