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Esther Morais
Publicado em 7 de agosto de 2025 às 07:08
Quase 24h depois do término da megaoperação da Embasa que interrompeu o fornecimento de água em Salvador e mais 12 municípios baianos, ainda há bairros na capital baiana sem abastecimento na manhã desta quinta-feira (6). A empresa já havia alertado que, depois do religamento do sistema, o serviço voltaria ao normal em até 48h - ou seja, o prazo é até a manhã de sexta (8). >
Os locais mais próximos dos reservatórios e em áreas mais baixas costumam ser os primeiros a ter os serviços normalizados. Já nos imóveis em áreas mais elevadas ou distantes, o retorno pode levar mais tempo, porque dependem de maior pressão para que a água chegue até lá. Há registros de falta em localidades como Alto do Cabrito, Pau da Lima, Itapuã, Stella Maris, Parque São Cristóvão e Caixa D'água. >
A empresa ainda justifica que o retorno da água sempre ocorre aos poucos, pois é preciso captar água na barragem, enviar para a estação de tratamento e para os reservatórios de distribuição (Cabula, Campinas de Brotas, Dunas e Águas Claras, entre outros). A orientação é que a população mantenha o consumo consciente da água nesse período.>
“A retomada do fornecimento é um processo técnico e gradual, que precisa ocorrer de forma controlada até que as pressões se estabilizem nas redes, evitando vazamentos e outras intercorrências. Diferente da energia elétrica, a água precisa percorrer quilômetros de tubulações até chegar aos imóveis. Só Salvador tem mais de 5 mil quilômetros de rede distribuidora de água”, explica Joana Rolemberg, diretora de Operações da Embasa na RMS.>
Das 50 frentes de serviço, 48 foram concluídas durante a noite de terça (5), como previsto. Duas frentes de trabalho de alta complexidade foram finalizadas no final da manhã de quarta (6), possibilitando a retomada de operação de todo o sistema. >
Falta de água em Salvador
A operação de manutenção mobilizou cerca de 500 profissionais da Embasa. Os trabalhos começaram na madrugada de terça-feira (5), com frentes atuando simultaneamente em diferentes pontos do sistema. “Tudo isso para garantir o fornecimento de água tratada a milhões de pessoas, com qualidade e confiabilidade”, avalia Joana.>
O total investido na operação somou um total de investimentos da ordem de R$ 1,5 milhão. Além de intervenções necessárias na captação da barragem de Pedra do Cavalo, foram executados serviços como a ligação de uma derivação da adutora principal ao reservatório da Gomeia (São Caetano); melhorias em equipamentos de bombeamento nas barragens de Pedra do Cavalo e Joanes 2; substituição de válvulas e registros na estação de tratamento de Candeias (ETA Principal); além da revisão elétrica e limpeza geral de estruturas operacionais.>