Cadastre-se e receba grátis as principais notícias do Correio.
Carmen Vasconcelos
Publicado em 2 de abril de 2023 às 21:32
- Atualizado há 2 anos
Na manhã desse domingo, 02, pais, familiares, professores, terapeutas, profissionais de saúde se vestiram de branco e foram ao Farol da Barra participar de uma caminhada, cujo objetivo maior foi chamar atenção para a condição das pessoas com o Transtorno do Espectro Autista ou autismo. >
A ação marcou o Dia Internacional de Conscientização do Autismo em Salvador e foi organizada pelos coletivos Autimais, Associação Mães Autismo e o Instituto Lagarta Vira Pupa. De acordo com uma das organizadoras, a advogada e mãe de Luís Fernando, Fabiani Borges, embora os participantes estivessem felizes por estarem em comunidade, o dia foi de luta e não de festa.>
“Estamos aqui porque nos encontramos longe de oferecer as condições dignas para a pessoa com autismo, faltam políticas públicas e o cumprimento à Lei Berenice Piana, que institui a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista”, ressaltou.>
A manifestação contou com cerca de mil pessoas e a participação do atleta Igor Nogueira, que fez questão de reforçar a máxima de que o autista pode atuar e se destacar em qualquer lugar. “Hoje, temos aqui autistas que são servidores públicos, médicos, atletas que provam, mais uma vez, que essas pessoas são potências e merecem respeito. Como eles mesmos dizem: ‘nada sobre sem nós’”, completou Fabiani. Caminhada reforçou a necessidade de informações consistentes sobre a condição e políticas públicas que assegurem direitos às pessoas com espectro autista (Foto: Daniel Mandim/Divulgação) O Transtorno do Espectro Autista ou autismo, como é comumente chamado, refere-se a condições de saúde que comprometem três áreas do desenvolvimento: interação social, comportamento e comunicação. A pessoa autista encontra dificuldades de domínio da linguagem, socialização e desenvolve comportamentos restritivos e repetitivos, além de dificuldade de domínio da inteligência espacial.>
Não há cura para a síndrome, mas o tratamento traz qualidade de vida para o autista melhorando a comunicação, a concentração e reduzindo os comportamentos repetitivos. O acompanhamento é feito por uma equipe multidisciplinar composta por profissionais da saúde como médicos, fonoaudiólogos, nutricionistas, fisioterapeutas, psicólogos e terapeutas ocupacionais. >