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Com tema A Voz do Gueto, Festival Boca de Brasa celebra cultura periférica

Mais de 150 artistas de oito regiões de Salvador se apresentaram no Teatro do Subúrbio 360º, em Coutos, na noite desta quinta (1º)

  • D
  • Da Redação

Publicado em 2 de dezembro de 2022 às 06:00

 - Atualizado há 2 anos

. Crédito: foto de Ana Albuquerque
. por Divulgação

Com o tema A Voz do Gueto, o Festival Boca de Brasa 2022, promovido pela Fundação Gregório de Matos, fez a voz cultural da periferia ecoar no volume máximo. Isto porque, na noite de ontem, mais de 150 artistas subiram ao palco do espaço cultural Suburbio 360º, em  Coutos, para celebrar e projetar a arte produzida nas favelas de Salvador.

Por meio de uma cenografia imersiva, o público foi conduzido a conhecer os talentos revelados ao longo do ano nas oficinas e palcos abertos do projeto. Já na entrada, o cantor colombiano Zatelithe recepcionava os visitantes com música, antes mesmo do início das apresentações. No interior do teatro, o palco foi ornamentado com caixas de som, em homenagem às festas paredão - que têm ocupado cada vez mais as ruas da cidade, principalmente dos bairros populares.  O ator e bailarino Ian Almeida encantou o público presente  (Ana Albuquerque) A abertura do espetáculo ficou a cargo de um violinista, que fez a trilha para a apresentação de dança do grupo Azart. Amigas de um dos dançarinos, Juliana Florencio, 19, e Tainá Santos, 20, compareceram especialmente para vê-lo se apresentar, mas saíram encantadas com o show completo."Vimos muito de nós aqui, a música, a dança, as artes… Tudo está presente no nosso dia a dia, mas nunca vimos acontecer no Suburbio e com essa estrutura. Foi bom ver Ian [Almeida] entre eles”, disse Juliana. Assim como as amigas, diversas pessoas na plateia vibravam quando viam seus vizinhos, parentes ou conhecidos no palco. Todos os artistas que subiram nele eram dos bairros onde foram implementadas as ações dos Polos Criativos Boca de Brasa: Vista Alegre, Nova Brasília de Valéria, Cajazeiras, Barroquinha, Ilha Amarela, Rio Sena e Itapagipe.

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Para Fernando Guerreiro, diretor da Fundação Gregório de Matos,  foi essa a razão de o Suburbio ter sido escolhido para sediar a edição deste ano.“Esse é resultado de um trabalho feito desde 2018, primeiro com ex-prefeito ACM Neto, e depois com Bruno Reis. E aí me perguntaram: ‘por que você não colocou no centro da cidade?’. E eu falei: ‘não. Aqui tem a mesma potência do Teatro Castro Alves’”, destacou Guerreiro. Idealizadora do Boca de Brasa, a FGM conta com o apoio da Secretaria de Turismo e da Prefeitura de Salvador para desenvolver o Bca de Brasa. Presente na edição especial de lançamento, a vice-prefeita da capital baiana, Ana Paula Matos, destacou sua importância do projeto para a cultura periférica da cidade. “A voz do povo está aqui. O talento e a força dessa cidade estão aqui com vocês. É uma grande oportunidade que esse festival esteja acontecendo na mesma semana que estamos celebrando Salvador como capital afro. Estamos contando para o mundo que a nossa cidade se orgulha do seu povo preto”, afirmou a vice-prefeita.  Ana Paula Matos, Fernando Guerreiro e Chicco Assis representaram a prefeitura e a FGM (Ana Albuquerque) Ao lado dos artistas revelação, outros já consolidados completaram a mistura de expressões do festival. Um deles foi o renomado Balé Folclórico da Bahia, que se apresentou sob o comando do bailarino, professor e coreógrafo Zebrinha. O grupo encantou o público com a apresentação do espetáculo 2-3-8.“Essa apresentação é um retorno para casa, já que o balé é formado por bailarinos da periferia. Participar do festival também é uma maneira de inspirar outros a buscarem seus sonhos e saberem que são capazes de tudo”, afirmou Zebrinha.*Com orientação da subchefe de reportagem Monique Lôbo