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Cravinho não vai abrir enquanto não puder vender bebida que deu nome ao famoso bar do Pelourinho

Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) proibiu a comercialização da bebida artesanal feita com cachaça e especiarias até que laudo descarte riscos do produto

  • Foto do(a) author(a) Perla Ribeiro
  • Perla Ribeiro

Publicado em 16 de outubro de 2025 às 19:01

Cravinho, no Pelourinho, é alvo de operação
Cravinho, no Pelourinho, é alvo de operação Crédito: Divulgação

Tradicional bar do Pelourinho, o Cravinho ficou famoso pela bebida que dá nome ao estabelecimento que existe há 40 anos. Após uma fiscalização realizada no local na tarde desta quinta-feira (16), o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) decidiu proibir a comercialização da bebida artesanal feita com cachaça e especiarias até que um laudo descarte os riscos do produto. Em protesto, os donos decidiram que vão manter as portas fechadas enquanto não tiverem autorização para vender a bebida que é o seu carro-chefe. 

Eles recebem turistas e personalidades do mundo todo e chegam a vender até 1200 litros de Cravinho por mês. O litro da bebida custa R$ 40. Proprietários do Cravinho, Jolival Reis e Meire Gomes explicam que não há qualquer ilegalidade na produção ou comercialização da cachaça artesanal.

"Infelizmente, hoje teve essa fiscalização que terminou dessa forma. Tem que ter mesmo, eu compreendo. Estava totalmente pronta para ela, porque não tinha nenhum problema. Não tem nenhum problema. O que houve com a gente foi uma questão de uma vistoria do Ministério da Agricultura, que era para ter sido feita há dois meses, mas foi feita agora e, infelizmente, acabou sendo nesse momento. Amanhã estou indo cedo lá no Ministério da Agricultura e tudo vai se resolver. Possivelmente, amanhã a gente já abre o bar", informou a proprietária.

Cravinho, no Pelourinho, é alvo de operação por Divulgação

Meire conta ainda que desde que começou a aparecer os primeiros casos de intoxicação por metanol no país, ela tratou logo de providenciar um teste da cachaça artesanal usada pelo estabelecimento para, caso houvesse uma fiscalização, já estariam resguardados. O problema é que o laudo técnico com a análise e certificação do produto não saiu ainda.

"Inclusive, esse teste possivelmente sai amanhã de manhã. Levei a amostra no dia 1º de outubro para a Universidade Federal da Bahia (Ufba) e levei a contra-amostra, a contraprova, no dia 3. O resultado sai amanhã. Na metade do ano passado, o Ministério da Agricultura também esteve aqui e fez a coleta. Eles me mandaram o resultado da coleta e foi tudo ok. Mas, infelizmente, tem coisas que a gente não consegue entender", argumenta.

O estabelecimento foi fiscalizado durante a nova fase da operação Bebidas Etílicas, conduzida pela Polícia Civil da Bahia. Barris de cachaça do bar foram interditados. Durante a ação, investigadores coletaram amostras de bebidas que passarão por perícia do Departamento de Polícia Técnica (DPT). Funcionários do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) também colheram amostras para análise. Os funcionários de ambos os órgãos não conversaram com a imprensa.

O CORREIO apurou que a determinação de fiscalizar o estabelecimento partiu do Ministério. Foram constatadas irregularidades, como a venda de bebidas sem rótulo, e barris de cachaça foram interditados. Um dos alvos da fiscalização foi justamente a produção de cachaça, que acontece no interior do estabelecimento.

"Hoje foi um dia muito tumultuado. O bar não tem uma variante de funcionamento, não tem irregularidade. Não tem nenhum problema, estamos aqui há 40 anos. O Cravinho é uma unanimidade, a gente vende cravinho para o mundo inteiro, somos um ponto turístico. Tem até um ditado popular que diz que se veio ao Pelourinho e não veio no Cravinho, então não veio no Pelourinho", diz Meire.