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Yan Inácio
Publicado em 12 de setembro de 2025 às 19:20
Com quatro décadas de expertise na dramaturgia e inúmeros espetáculos de sucesso, o diretor teatral Fernando Guerreiro vai estrear sua primeira série de televisão. Inspirada em uma peça de mesmo nome montada pelo próprio artista, o seriado “De Um Tudo” estreia no dia 4 de outubro, a partir das 19h, na Band TV. Guerreiro divide a direção com o comunicador Chico Kertész. >
Ao todo, a série contará com quatro episódios de 30 minutos que vão ao ar aos sábados. A trama gira em torno da Barraca de Dona Nadu, interpretada pela atriz e cantora Denise Correa, que circula pelas tradicionais festas de largo de Salvador. “No primeiro episódio, ela estará na festa de Santa Bárbara. No segundo, na Lavagem do Bonfim. O terceiro é no dia de Iemanjá, e o quarto no Carnaval”, conta Guerreiro.>
Veja os bastidores da série
As gravações foram feitas durante os festejos, a partir de dezembro de 2023. A sacada do enredo, segundo o diretor, é brincar com a maneira de falar dos baianos. “Tudo surgiu da possibilidade da gente brincar com o baianês. Ela foi inspirada no dicionário de baianês, nessa brincadeira com esses arquétipos baianos”, descreve. No elenco principal ainda estão Ana Mametto, Dom Chicla, Diogo Lopes, Zé Carlos Júnior e Felipe Mago. Cada um dos episódios terá participações especiais de atores convidados.>
A série mescla as gravações na rua com cenas em estúdio. A locação escolhida foi o Trapiche Barnabé, no Comércio. “Os episódios foram gravados em direto. É como se praticamente fosse uma peça filmada. Não tem um esquema de corte, mudança de ambiente. Tudo acontece nessa barraca que a gente montou no Trapiche, mesclando com as cenas de rua”, detalha Guerreiro. >
Para ele, foi um aprendizado transpor a linguagem teatral para o audiovisual depois de tantos anos de experiência na dramaturgia. Além de “De um Tudo”, Guerreiro também rodou outra série, o “Forrobodó”, em março de 2024. “Todos os dois foram grandes aprendizados. Eu sempre tinha alguém comigo. Mas do audiovisual, que no caso foi Chico nesse seriado, que a gente meio que trocava uma bola. Eu ficava mais responsável pela interpretação e Chico mais na parte técnica, de integração, câmera, que é ter o posicionamento de câmera, edição e tal. Então houve meio que uma junção”, conta.>
Inicialmente, a série será transmitida na Bahia. “É uma coisa inédita na TV, essa abertura desse espaço para uma produção de dramaturgia local”, diz Guerreiro. A projeção inicial é de que o seriado seja transmitido também no Nordeste e, caso haja audiência e repercussão, o seriado pode ir até para a TV nacional.>