Cadastre-se e receba grátis as principais notícias do Correio.
Da Redação
Publicado em 8 de outubro de 2019 às 08:02
- Atualizado há 2 anos
A titular da Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos (DRFR), Carla Santos Ramos, e os investigadores Agnaldo Ferreira de Jesus, Carlos Antônio Santos da Cruz e Iraci Santos Leal foram presos na segunda-feira (7) acusados de "cometerem excessos" na unidade policial. As informações são da Polícia Civil e foram divulgadas nesta terça-feira (8).>
Em nota, a Polícia Civil informou que os mandados de prisão foram cumpridos pela sua Corregedoria, que investiga uma denúncia de "excessos" que teriam sido praticados por equipes da DRFR. >
Os policiais foram ouvidos na Corregedoria, que segue apurando o fato. De acordo com informações extraoficiais, eles são acusados de praticarem tortura para obter confissões dos presos. Procurado pelo CORREIO, o Sindicato da Polícia Civil (Sindpoc) ainda não se posicionou.>
O Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) concedeu habeas corpus para a delegada e os agentes na madrugada desta terça-feira (8). Eles deixaram a custódia por volta das 9h30 desta terça-feira (8) e vão responder pelo crime em liberdade.>
Em sua decisão, a desembargadora Márcia Borges Faria disse que a prisão foi baseada em “elementos frágeis”. “Consignam que a ordem constritiva de liberdade ora impugnada revela-se manifestamente ilegítima, posto que embasada em elementos fáticos frágeis, notadamente à luz da utilização apenas de depoimento da suposta vítima para fins de justificar quão drástica providência”, diz desembargadora. >
A delegada Carla Santos, titular da DRFR, e a agente Iraci eram mantidas sob custódia numa sala da Departamento de Polícia Metropolitana, no prédio-sede da Polícia Civil, na Piedade. Já os agentes Agnaldo e Carlos Antônio ficaram presos Corregedoria da Policia Civil, na Chapada do Rio Vermelho.>