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Larissa Almeida
Publicado em 15 de julho de 2025 às 06:00
Em cinco anos, o acesso à TV por assinatura caiu 41,8% em Salvador, segundo dados da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). A queda é vista como reflexo direto da alta dos streamings, que são produtos de consumo de mais de 2 milhões de baianos apenas na Região Metropolitana de Salvador – não há recorte específico para a capital baiana –, conforme informação do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Mas, afinal, tem vantagem financeira em trocar a TV a cabo pelo streaming? >
O consultor financeiro Raphael Carneiro afirma que, se houver critério por parte do consumidor, há vantagem, sim. “O streaming dá a possibilidade de as pessoas assinarem apenas o que elas querem. Então, se ela quer um campeonato de futebol e uma série, um determinado streaming pode servir e depois pode ser cancelado sem problema nenhum se surgir interesse em outra plataforma”, destaca. >
Embora também seja possível assinar pacotes específicos nos planos da TV por assinatura, o público tende a consumir menos toda a variedade de canais e pagar mais diante do pouco que consome. Esses, inclusive, são dois dos motivos pelos quais o especialista acredita que há uma defasagem da TV paga. >
“O modelo do serviço ficou mais engessado [perante os olhos do público], porque a pessoa comprava pacotes específicos e dificilmente via todos os canais, e lá havia produções mais antigas. Novas produções estão surgindo muito mais nos streamings do que nos canais de TV por assinatura”, aponta. >
Mesmo com as vantagens de novas produções, maior personalização e praticidade de consumo, em termos de preço, os streamings mais populares no país, quando somados, geram despesa mensal de R$ 280,20. Já o preço das operadoras de TV a cabo custa a partir de R$ 89,90 por mês, sendo que, para não ficar para trás, a Claro está ofertando pacotes que já incluem streamings, como Netflix, Globoplay, HBO Max e Apple TV+. >
8 streamings em alta no Brasil
Uma vez que não há como obter economia pagando todos os streamings, o segredo é decidir o que faz mais sentido para o bolso de cada um. No caso da publicitária Bruna Souza, 29 anos, compensa mais ter acesso ao streaming pela possibilidade de dividir os custos. >
“Eu tento usar outros streamings em parceria com amigos. Por exemplo, eu pago Netflix e dou uma tela para uma amiga. Essa amiga já paga a Globoplay e me dá uma tela desse streaming. Faço isso com meus amigos para todo mundo poder usar todos e fica barato”, conta. >
Além da divisão de custos entre conhecidos, as plataformas possibilitam outras formas de baratear o custo da mensalidade, como a assinatura de planos com anúncio ou possibilidade de adicionar assinante extra – caso da Netflix, que não permite mais o compartilhamento de tela. Outra opção é por meio de pacotes de benefícios de outras assinaturas, que ofertam descontos – caso do Mercado Livre (Meli+) e Nubank (Nubank+). >
1) Netflix (Plano sem anúncios): R$ 44,90 >
2) Prime Video (Plano sem anúncio): R$ 29,90 >
3) Disney+ (Plano Padrão): R$ 46,90 >
4) Max: R$ 39,90 >
5) Globoplay: R$ 39,90 (Premium anual parcelado) >
6) Telecine (via Globoplay): R$ 37,90 >
7) Paramount+: R$ 18,90 >
8) Apple TV+: R$ 21,90 >
Total: R$ 280,20/mês >
1) Claro TV+ Box: A partir de R$ 109,90/mês >
2) Vivo Play TV Avançado: A partir de R$ 145/mês >
3) SKY TV Easy HD: A partir de R$ 89,90/mês >