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Da Redação
Publicado em 5 de outubro de 2022 às 13:02
- Atualizado há 2 anos
Uma ameaça de massacre fez as aulas na Escola Municipal Julieta Viana serem suspensas na manhã desta quarta-feira (5). Segundo a Polícia Militar, uma equipe da 37ª Companhia Independente (CIPM) foi até o local depois de ser informada que a diretora da unidade, que fica na Caixa D'Água, recebeu um e-mail com as ameaças. O autor da mensagem se identificou como ex-aluno.>
A direção foi orientada a registrar o caso na delegacia. A PM informou que reforçou o policiamento na região e, até o momento, nenhum ato de violência foi registrado após a ameaça. >
Uma mãe contou à TV Bahia, sem se identificar, que os pais foram acionados para que buscassem os filhos no colégio cerca de 1h depois do início da aula, por volta das 8h30. "Foi pânico. Nossas crianças vulneráveis, a partir de 3 anos de idade, educação infantil e ensino fundamental. Recebemos e-mail da escola informando para pegar correndo nossas crianças, porque receberam e-mail informando que um ex-aluno iria causar um massacre", contou ela, que é mãe de um menino de 6 anos.>
A diretora da escola enviou no grupo dos pais em um aplicativo de mensagens o aviso de que tinha recebido um e-mail com as ameaças. "A pessoa diz ser um ex-aluno e que vai fazer um massacre na escola. Por esse motivo solicitamos que todos venham buscar as crianças com urgência. Todas as medidas legais já estão sendo tomadas", informou. O homem disse que a mãe da menina deve ficar mais calma até a próxima segunda, mas que ela está muito abalada no momento. "A diretora informou que tomaria as devidas providências, mas todos os pais estão assustados, porque são crianças pequenas", acrescentou. >
A Secretaria Municipal da Educação (Smed) informou que está tomando as devidas providências em relação ao caso. "Por questões de segurança, a diretoria registrou boletim de ocorrência e solicitou apoio à Ronda Escolar que está nos arredores da unidade", diz nota da pasta.>
Estudam na unidade 419 alunos. A secretaria, no entanto, não confirmou quando as aulas devem ser retomadas.>
O caso foi registrado na 2ª Delegacia (Liberdade), que agora apura o caso. "Diligências estão sendo realizadas e correm em sigilo, para preservar o andamento do inquérito policial", informou a corporação. >
Outros casos >
Uma suposta ameaça de bomba nas escolas municipais Luiza Mahin e Metodista Suzana Wesley, localizadas na Boca do Rio, motivou a ida de equipes do Batalhão de Operações Especiais nas unidades, na terça-feira (4). A distância entre as duas escolas é de cerca de 350 metros. Segundo informações da Polícia Militar, a primeira suspeita aconteceu por volta das 8h30, após a denúncia de uma mãe. Uma equipe da 39ª CIPM foi até o local e acionou o Bope. A equipe do batalhão fez uma varredura e descartou a presença de artefato. Como a escola estava segura, o Bope liberou para a realização das atividades.>
Em seguida, houve a suspeita de bomba na Escola Municipal Metodista Suzana Wesley. Segundo informações da Secretaria Municipal da Educação (Smed), ao saber da ameaça de bomba, a direção escolar acionou imediatamente uma equipe do Bope. Por causa da situação, as aulas da tarde e noite foram suspensas para os 290 alunos dos dois turnos. As atividades serão normalizadas nos três turnos nessa quarta-feira (5), segundo a Smed.>
No dia 27 de setembro, usando uma roupa preta, que vestiu no banheiro do colégio, após retirar o uniforme, um adolescente de 13 anos ateou fogo na Escola Municipal Yeda Barradas Carneiro, onde estuda, na cidade de Morro do Chapéu, na Chapada Diamantina. O aluno, que não foi identificado, retornou do banheiro para uma sala de aula, portando uma bomba caseira do tipo coquetel molotov e armado com uma faca. Em seguida, ele explodiu o artefato, na tentativa de colocar fogo na escola. Ninguém foi atingido pela explosão. No entanto, o aluno conseguiu golpear o pescoço da coordenadora da instituição com uma faca. >
Três escolas baianas foram alvos de episódios de violência nas primeiras horas da manhã do último dia 26. O caso mais grave ocorreu na Escola Municipal Eurides Sant’anna, em Barreiras, onde um jovem armado invadiu o local e assassinou uma aluna a tiros e golpes de faca. Em paralelo, duas outras instituições de ensino em Salvador e Região Metropolitana (RMS) passaram por ameaças de atentados semelhantes.>
Uma estudante cadeirante foi morta dentro da escola em Barreiras depois que o atirador invadiu a Escola Municipal Eurides Sant'anna. A aluna foi identificada como Geane da Silva de Brito, 19 anos. O atirador também foi baleado depois que a Polícia Militar foi chamada. O agressor, que levava uma aparente bomba caseira e um facão, além do revólver, foi socorrido com vida. >