Estação Acesso Norte ganha biblioteca com mil livros

Há diversos gêneros literários disponíveis no acervo

  • Foto do(a) author(a) Eduardo Dias
  • Eduardo Dias

Publicado em 11 de junho de 2019 às 18:13

- Atualizado há um ano

. Crédito: .

Enquanto levava a pequena Emilly da França, 11 anos, para o curso de inglês, a moradora do bairro Jardim Cajazeiras, a professora Rosângela Ferreira, 45, aproveitou para visitar um novo espaço multicultural literário: a BiblioMetrô,  que foi inaugurada nesta terça-feira (11), na linha 2 da Estação Acesso Norte. “Minha filha se interessou por um livro de inglês. Agora, vamos passar mais vezes e com mais tempo para poder aproveitar muito mais”, disse sobre a pequena, que sonha em ser modelo e morar fora do país. A professora Rosângela aproveitou para conferir as obras disponíveis junto com a filha (Foto: Mauro Akin Nassor/CORREIO) “Passamos por aqui todas as terças e quintas-feiras indo para o curso. Notamos a movimentação e decidimos entrar para ver. Minha filha se interessou por um livro de inglês. Agora, vamos passar mais vezes e com mais tempo para poder aproveitar muito mais”, contou a professora, que dá banca para crianças de 6 a 9 anos com a ajuda da filha, que ensina inglês para os pequenos.

A iniciativa faz parte de um conjunto de ações em comemoração aos cinco anos de operação da empresa CCR Metrô na capital baiana. A cerimônia inaugural contou com a apresentação do Quarteto de Cordas do Núcleos Estaduais de Orquestras Juvenis e Infantis da Bahia (Neojiba). Quarteto de cordas do Neojiba se apresentou na Estação Acesso Norte, durante a inauguração do novo espaço (Foto: Mauro Akin Nassor/CORREIO) O espaço foi entregue à população com cerca de mil exemplares de diversos gêneros literários no acervo, que servirão, inicialmente, apenas para consulta. No entanto, a CCR afirmou que já estuda a possibilidade da realização de um sistema de cadastro para possíveis empréstimos dos livros.

De acordo com o Gerente de Comunicação da CCR, Álvaro Britto, a BiblioMetrô estará aberta a todos os usuários do metrô de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h. Para ele, além do espaço oferecer para a população um ambiente para consultas e leituras, no local também haverá a possibilidade de pesquisas de outros títulos pela internet, eventos como saraus e apresentações de autores com dias de autógrafos.

“É um espaço multicultural e dinâmico disponível para a população. Não só com a possibilidade de leitura, mas também com vários eventos culturais que nós promoveremos ao longo do ano para dinamizar a cultura da Bahia. Teremos livros bem diversificados, de autoajuda, de estratégias, que serão muito úteis para a população”, revelou Álvaro, que indicou o livro A Arte da Guerra, de Sun Tzu, que para ele é uma obra bem interessante para a vida pessoal e profissional das pessoas.

Passando pela estação, a professora aposentada Maria das Graças Figueiredo, 71, aproveitou e procurou a organização para oferecer uma coleção de livros de geografia que possui para o acervo da BiblioMetrô.

“É uma ação muito boa, que incentiva bastante a leitura e a cultura. Hoje as pessoas não costumam mais ler, então essa ação é necessária. Tomara que ocorra mais. Vi anunciar na televisão e também recebi no WhatsApp. Aproveitei para vir conferir. Vou trazer uns livros que tenho em casa e oferecer para eles deixarem à disposição de quem vir visitar, pois tenho uma coleção de geografia muito interessante sobre a Chapada Diamantina”, revelou a professora, que afirmou que vai incentivar seus sobrinhos e vizinhos para irem prestigiar o local também.

Já a advogada e jornalista, Gleyde Farias, 47, acredita que o espaço servirá para acabar com a ociosidade das pessoas que transitam na estação. Segundo ela, agora, os passageiros poderão utilizar o tempo de sobra entre um trem e outro para fazer alguma coisa de interessante e de benefício próprio.

“Eu achei muito sábia a ideia da CCR. É muito importante ter iniciativas como essas que incentivam a leitura. Não só para quem gosta de ler, mas, também para quem não gosta, porque já visita o local pela curiosidade e acaba se interessando também. Eu leio desde pequena, gosto muito de ler sobre direito, negócios, administração e comportamento. Vi muitos deles aqui e vou voltar para aproveitar”, disse.

Autor do grafite da parte interna da BiblioMetrô, o grafiteiro Raphael Ribeiro, 27, falou sobre a parceria junto à CCR e a importância de mostrar o seu talento num espaço cultural. Para ele, a arte aproxima, convida e chama a atenção das pessoas.

“Foi uma honra participar dessa ação com a CCR. Esse projeto de trazer mais cultura para o metrô e para a população é bem bacana. Quando vieram falar comigo, cheios de ideias bacanas, gostei muito e topei na hora. Ter um projeto meu colocado num espaço público assim, com as pessoas passando e vendo, é um sentimento muito bom”, revelou.

Com supervisão do chefe de reportagem Jorge Gauthier