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Familiares e fiéis sepultam corpo de líder religioso em Salvador 

Evangélicos de outras denominações e municípios, como Camaçari, participaram da despedida 

  • D
  • Da Redação

Publicado em 9 de setembro de 2022 às 12:00

 - Atualizado há 2 anos

. Crédito: Esther Morais e Reprodução

O corpo do apóstolo Wesley Santos, de 26 anos, que morreu após ser baleado na cabeça na Avenida Gal Costa, em Salvador, foi sepultado na manhã desta sexta-feira (9) em meio a orações, choro e louvores, no cemitério Bosque da Paz. Amigos, familiares e fiéis da congregação de Wesley, outras igrejas evangélicas e municípios, como Camaçari, foram de branco, a pedido da pastora Daniela, viúva de Wesley, em sinônimo de paz. Cerca de 500 pessoas participaram do funeral.

Segundo a Polícia Civil, o Departamento de Homicídios e Proteção à pessoa (DHPP) iniciará investigações do crime. O caso estava sendo apurado pela 11ª Delegacia (Tancredo Neves) e foi registrado como tentativa de homicídio. A autoria e a motivação do crime ainda são desconhecidas.

Wesley era presidente da Igreja Pentecostal Leão da Tribo de Judá, em Sussuarana e Candeias, cidade na Região Metropolitana de Salvador (RMS). Ele era casado com uma pastora da mesma igreja e deixa uma filha. O pastor morreu nesta quarta-feira (7) após ser baleado na cabeça na tarde da segunda-feira (5), na Avenida Gal Costa, em Salvador. Ainda não se sabe quem assumirá a liderança da igreja, mas a congregação acredita que a viúva assumirá o legado. Pastor da igreja Assembleia de Deus Betel, Vivaldino Nascimento afirma que o legado das ações sociais e de fé realizadas por Wesley, sobretudo com jovens envolvidos com drogas, continuará. “Nós, como irmandade, precisamos dar o melhor, ajudar família. Creio que vamos estar avançando nesse legado.

A despedida começou com louvores sobre despedida e vida eterna. A congregação cantou canções tradicionais do gospel, como “O lamento de Israel”, “Nunca pare de lutar” e “Os sonhos de Deus”. Fiéis passaram mal durante a cerimônia e ao menos três mulheres, incluindo a irmã e a esposa de Wesley, desmaiaram durante a despedida. Fé

A promotora de vendas, Rita Noronha, 57, conta que é de outra congregação, mas sempre visitava a igreja de Wesley para ver os cultos. “Era uma benção, ele veio como missão aqui na terra […] era muito amoroso, cuidava da família Estou muito triste, ele não merecia essa situação”, lamenta. 

Rita lembra que o pastor era ativo na comunidade. “Sempre fazia bazar, sempre ajudava. Trabalhava no Hospital Ana Nery, não sei qual a profissão, mas ajudou minha mãe numa época que precisava de regulação. Ele ajudou muito e na época nem me conhecia tão bem”, narra. 

Amigo de Wesley, o vendedor Jailton Sales, 47, se recorda do último encontro. “Já chorei bastante, estava brincando com ele comprando pão da santa ceia e ele falou: ‘po, jailton, você nunca teve oportunidade de ceiar comigo', falei que era por causa do trabalho e ele falou: ‘você sempre falta com Deus e comigo’ e rimos. Mas não sabia que era despedida”. A celebração da ceia foi realizada no domingo, no dia seguinte, Wesley morreu. Os amigos tinham viagem marcada para Candeias, na próxima quarta-feira (14). “Era uma pessoa que lá no bairro não tem ninguém para falar [mal], muito carismático, sabia lidar com certas situações, a cultivar e manter vínculo”, elogia. *Com orientação da chefe de reportagem Perla Ribeiro