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Da Redação
Publicado em 16 de julho de 2022 às 08:56
A covid-19 não deixou de existir, mas, com a vacinação, o cenário começa a parecer um pouco mais com o que era considerado normal antes da pandemia. Um dos setores que tem se recuperado é o hoteleiro. Em junho, a taxa de ocupação dos hotéis de Salvador foi de 47,14%.>
O percentual, levantado pela Associação Brasileira da Indústria de Hotéis da Bahia (ABIH), é semelhante ao registrado antes da chegada do coronavírus. Segundo o setor, datas especiais como Dia dos Namorados e São João ajudaram a alavancar o desempenho, apesar do período junino atrair muito mais visitantes para o interior do estado.>
A diária média foi de R$ 403,73. Se os hotéis de luxo, que possuem diárias acima da maioria dos empreendimentos, esse valor é de R$ 284,73.>
A maior parte dos ocupantes foi formada por turistas brasileiros, de outros estados. De acordo com a ABIH, isso pode ser explicado porque não houve ainda, de forma expressiva, a procura por voos internacionais.>
Semestre A ABIH explica que, embora tenha sido registrada uma diminuição da presença de turistas estrangeiros, o percentual é próximo ao registrado nos dois anos que antecederam a pandemia. Em 2019, a taxa foi de 61,55%, enquanto em 2018 foi de 61,34%.>
As viagens com destino à Bahia caíram 33,6% nos dois primeiros anos de pandemia (2020 e 2021), mas, ainda assim, o estado teve a segunda maior receita do país com o turismo doméstico, que é aquele que considera apenas viagens feitas dentro do próprio país. Esses dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.>
De acordo com o levantamento, a Bahia gerou mais de R$ 1 bilhão em 2021, ficando atrás apenas de São Paulo, que, durante o período, teve uma receita de aproximadamente R$1,8 bi. Ainda conforme os dados, de cada dez reais gastos por turistas brasileiros no país, R$ 1 ficou na Bahia, ou seja, 10%.>
Expectativas De acordo com Luciano Lopes, presidente da ABIH-BA, para o mês de julho a expectativa é boa, já que é período de férias escolares nos principais mercados do país. Por conta disso, espera-se resultados similares ao período pré-pandemia, sobretudo na segunda quinzena.>
"O segundo semestre é visto com muito otimismo em função da demanda reprimida de grande parte das famílias à procura de realizar viagens que não puderam fazer na pandemia, da retomada de congressos e feiras, e em virtude da volta mais consistente dos voos internacionais previstos para os últimos meses deste ano. Este otimismo não é maior, pois o elevado preço das passagens aéreas para Salvador está influenciando negativamente no desempenho dos hotéis”, afirma.>
Ele destaca ainda que no segundo semestre a ABIH dará continuidade às Roads Shows em parceria com Secretaria de Cultura e Turismo de Salvador (Secult), com o objetivo de promover a capital baiana em mais de 10 cidades do Brasil e da América do Sul, capacitando profissionais do trade para atrair turistas.>
“A cada edição do Road Show o fluxo de turistas em Salvador aumenta, gerando novos negócios e renovando as boas expectativas do setor. Em maio estivemos no Rio de Janeiro (RJ), Belo Horizonte (MG), Santo André (SP), São Paulo (SP) e Campinas (SP), totalizando 500 capacitações. Em breve divulgaremos os próximos destinos”, completa Luciano.>
Os números do desempenho hoteleiro de Salvador são frutos da Pesquisa Conjuntural de Desempenho (Taxinfo), realizada pela ABIH seções Bahia e Brasil. O levantamento é digital e os dados são fornecidos diariamente pelos hotéis ao Portal Cesta Competitiva. A média resultante constitui o indicador para avaliar a evolução da atividade de hospedagem na capital baiana.>