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Lara Bastos
Publicado em 1 de abril de 2016 às 07:43
- Atualizado há 2 anos
A cada 100 bebês nascidos vivos em Salvador, 14 são de mães com menos de 20 anos. A gravidez na adolescência é um dos 11 índices levados em consideração pela Plataforma de Centros Urbanos (PCU), do Unicef, para monitorar os direitos da criança e do adolescente em Salvador.>
Mas como explica a coordenadora do Unicef para Bahia e Sergipe, Helena Oliveira, o importante não é analisar uma média da cidade, mas enxergar as diferenças entre seus territórios. A região administrativa de Valéria, por exemplo, é a que possui a maior taxa. A cada 100 bebês nascidos na região, 18 são de mães adolescentes. Em seguida, vem a região do Subúrbio-Ilhas, com 17,28%.>
A área da prefeitura-bairro do Subúrbio compreende 15 bairros, entre eles, Coutos, Paripe, Periperi e Plataforma, além das ilhas. A região costumava ter a maior taxa de gravidez na adolescência, mas teve uma queda nos últimos anos. Em 2014, o percentual foi de 18,28%, enquanto a área de Valéria subiu de 17,29% para os atuais 17,99%, em 2015. A menor taxa está na região da Barra-Pituba, com 8,55%.>
O secretário municipal de Saúde, José Antônio Rodrigues, atribui a queda no Subúrbio a ações de sua pasta na região. “Temos no Subúrbio o mais forte decréscimo. É exatamente a área onde mais expandimos serviços de atenção básica e estamos mudando a estratégia para que a atividade seja desenvolvida, principalmente, no Programa Saúde na Escola”, disse, citando o programa que leva assuntos da saúde para a escola.>
A educação, aliás, é a aposta dele para diminuir a gravidez na adolescência. “Precisamos seguir com esse programa, porque acho que o resultado é muito maior na área de educação e cultura do que a atividade apenas nos postos de saúde”, explica.>