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Bruno Wendel
Publicado em 19 de janeiro de 2022 às 06:00
- Atualizado há 2 anos
A série de furtos de hidrômetros realizada na madrugada desta terça-feira (18) no bairro do IAPI está longe de ser mais uma ação de típica de usuários de drogas que arrancam medidores de água, feitos de metal, para vender e comprar crack. Pelo menos é o que dizem alguns moradores. Segundo eles, o crime foi cometido por cinco homens armados que estavam em um carro. >
O grupo agiu por volta da 1h30. "As pessoas ouviram um barulho de algo sendo quebrado e viram eles levando os hidrômetros. Ninguém soube dizer a marca, tampouco a placa do carro, por conta da escuridão, mas dava para perceber que estavam com pistolas pela forma que se movimentavam, mirando em todas as direções. Aqui já outras vezes esses furtos, mas não nessa quantidade que foi hoje. Quando isso acontece aqui é um e outro. Outra coisa: esses dependentes químicos que vivem na rua e que sobrevivem furtando para comprar drogas nas bocas-de-fumo, não andam de carro e nem armados", disse um morador da Rua Doutor Arlindo Teles, um dos locais dos furtos. Moradores dizem que furtos foram cometidos por homens armados em um carro (Foto: Arisson Marinho/CORREIO) Uma moradora contou a mesma versão da primeira fonte, acrescentando um novo episódio. Ela disse que os furtos de medidores na madrugada desta terça aconteceram também na comunidade de Nova Divinéia, também no IAPI. "Eles fizeram uma espécie de arrastão. Eles vieram desde lá. Minha emprega mora por lado de lá e disse que umas 10 casas tiveram os mesmos problemas que tivemos aqui", comentou ela, que pontuou em seguida: "lá é uma região forte do tráfico, não sei como conseguiram fazer isso por lá. Geralmente estranhos não entram. Para se ter uma ideia, os moradores têm horário pra chegar em casa". >
Ouvindo a conversa, um outro morador interrompeu a mulher e fez um comentário intrigante. "O que fiquei sabendo é que os cinco caras no carro são da Nova Divinéia, onde o comando é do BDM (Bonde do Maluco). Eles agiram na própria comunidade para amedrontar os moradores de lá e agiram aqui por tabela. Porque eles não desceram a Rua Doutor Arlindo Teles e foram agir lá no Tampão, na Santa Mônica? É pertinho daqui. Não foram porque lá é CP (Comando da Paz). Moro aqui há 40 anos e nunca vi usuário de droga agir como esses caras agiram nessa madrugada para levar hidrômetros", pontou ele.>
A reportagem procurou a Polícia Civil e a Embasa para repercutir os fatos, mas até o momento não teve resposta.>