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Carol Neves
Publicado em 3 de dezembro de 2025 às 12:28
O lançamento de “O pulsar da maternidade atípica - Do Zika vírus à potência do abraço” está marcado para 14 de dezembro, às 10h, na Casa da Providência, no bairro da Saúde, em Salvador. O evento ocorre justamente no espaço que acolheu, nos primeiros anos, famílias afetadas pela epidemia de zika no Nordeste e marca também o aniversário de 10 anos de Gabriela, uma das crianças atingidas pelo vírus em 2015. >
A publicação independente, escrita por Joana Passos, reúne 110 páginas em que a autora revisita a própria trajetória desde o diagnóstico de microcefalia da segunda filha. O livro recupera o período em que ela viveu a crise sanitária que mobilizou o país e que a levou a criar, ao lado de outras mães, a Associação Abraço à Microcefalia - entidade que prestou assistência a centenas de famílias na Bahia.>
A obra apresenta lembranças e reflexões sobre maternidade, enfrentamento ao capacitismo e a rede de apoio construída por mulheres que atravessaram experiências semelhantes. A apresentação do livro resume esse percurso ao afirmar: “Entre lágrimas, dores e medos construiu uma ponte para se conectar com outras mulheres que atravessavam o mesmo deserto. Nesse processo, descobriu que o avesso também pode ser um lugar bonito”.>
Além da versão digital, que poderá ser adquirida por link no Instagram @joanadamasiopassos, o título será vendido em livrarias de Salvador após o lançamento, por R$ 60. Uma parte da renda será destinada a instituições sociais.>
Sobre a autora>
Maria Joana Passos é mãe de Alice e Gabi, casada com Maurício e cofundadora da Associação Abraço à Microcefalia. Contraiu zika na segunda gestação, e sua filha caçula, Gabriela, nasceu com microcefalia em 2015. Ao longo dos últimos anos, atuou como palestrante sobre inclusão e diversidade em diversas cidades do Brasil e em Londres. É uma das autoras da coletânea “Potência Materna – histórias reais de mulheres que foram transformadas pela maternidade”, vencedora do Prêmio Reflexo Literário 2023 na categoria “Melhor antologia”. Também recebeu reconhecimentos como o Barra Mulher e a Comenda Dois de Julho.>