Motorista de aplicativo é vítima de latrocínio no bairro de Plataforma, em Salvador

Vitíma tentou fugir, mas foi atingido na nuca por um tiro; Celular e relógio foram levados

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  • Wendel de Novais

Publicado em 11 de novembro de 2022 às 14:27

- Atualizado há um ano

. Crédito: Reprodução

O motorista de aplicativo Luiz Henrique Ferreira da Silva, 29 anos, foi morto na tarde de quinta-feira na Rua Direita do Cabrito, bairro de Plataforma, em Salvador. Ele foi vítima de latrocínio - roubo seguido de morte - e bateu o carro após receber um tiro na nuca dos suspeitos que o abordaram no trânsito.

Henrique trabalhava na função há dois anos. Sua vó, Vera Lúcia do Espírito Santo, 64, conversou com a reportagem. Mesmo muito abalada, ela falou sobre a situação e disse que o neto estava rodando à trabalho na região.

"Foi por volta das 16h30, a gente soube às 18h com meu outro neto chegando em casa. Ele é motorista de aplicativo e estava no Alto do Cabrito. Perseguiram ele, atiraram e levaram o celular e o relógio", afirma Vera. 

O laudo pericial da morte de Henrique ainda não saiu. No entanto, segundo informações, o motorista teria sido atingido por um disparo na nuca, o que o fez perder o controle do carro e colidir com outros veículos que estavam parados. 

O tiro foi fatal e Henrique morreu ainda no local onde estava. Além de explicar que ele estava trabalhando, Vera conseguiu ainda pedir por justiça mesmo caindo em lágrimas enquanto falava do neto.

"Nunca vi as coisas do jeito que estão, toda hora alguém vai dessa forma. Hoje foi meu neto e eu quero justiça por ele. As coisas têm que mudar, ninguém pode sair levando a vida dos outros assim", diz.

As guias do Departamento de Polícia Técnica (DPT) foram expedidas e a perícia foi realizada no local onde Henrique foi encontrado . A autoria e a motivação do crime são apuradas pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

A tia de Henrique, que preferiu não se identificar, informou que ele deixa dois filhos. De acordo com ela, antes de trabalhar como motorista de aplicativo, o rapaz estava desempregado.

"Ele alugou o carro, não era nem dele. Tem dois filhos para sustentar e fazia esse trabalho. Nós tínhamos medo, mas ele não arranjou emprego e precisava fazer um dinheiro para sustentar a família", completa.

O Sindicato dos Motoristas de Aplicativo foi procurado, mas não enviou posicionamento sobre o caso até o fechamento desta reportagem.