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Mulheres que viam maníaco do banheiro químico no Comércio estão indignadas

Na delegacia do Bonfim, a delegada Vânia Nines ainda aguarda que novas vítimas apareçam

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  • Da Redação

Publicado em 5 de maio de 2011 às 09:59

 - Atualizado há 2 anos

Lais Vita | Redação [email protected] que a notícia sobre a existência do maníaco do banheiro tomou conta das ruas do Comércio, muitas mulheres passaram a olhar cada vez mais para os lados quando passavam pelo local. Outras, simplesmente deixaram de ir a sanitários químicos. Agora, que a imagem de Gilson Teles de Almeida foi divulgada, o medo deu lugar a reações muito diferentes.  Foi o caso da baiana de acarajé Rosângela Silva, que há três anos trabalha na Praça da Inglaterra - local onde o acusado foi preso na sexta-feira. “Deixei de ir no banheiro mesmo. Todo mundo comentava dele por aqui”, disse. O que Rosângela não imaginava era que o tal do maníaco estava sempre muito perto. E foi exatamente quando lhe pedia um acarajé que ele foi capturado pela Polícia.

As baianas Rosângela Silva (com celular na mão) e Jucimeire davam acarajé ao maníaco “Sempre o via  por aqui. Quando  me pediu um acarajé, a Polícia cercou o quiosque e levou pra viatura. Só soube que foi preso quando vi no jornal. Se soubesse, dava logo uma nele. Deu raiva saber disso depois”, diz Rosangêla. Ao lado, a colega de trabalho se indignava. “Se não gosta de mulher, por que faz uma coisa dessas? Não sei qual o trauma dele. Ainda mais depois que a gente soube como ele fez. Chega a dar ódio”, disse a baiana Jucimeire Ribeiro. “Se for solto é melhor não voltar aqui, senão vão linchar. A população tá revoltada”.Nojo Para a vendedora Neide Santana, ver uma foto de Gilson  após saber do que  ele é capaz, traz sensações distintas. “Olhar pra ele é muito ruim. Me dá uma mistura de nojo e revolta”. A amiga completa: “Passa na nossa mente uma espécie de flash no que essas mulheres passaram”, disse Valdinéia Santos.“Dá nojo. A gente se enoja por ser mulher também. Se me batesse com ele agora, eu mesma dava fim”, disse a líder comunitária Aneide Silva Nascimento. Já a guardadora de carros Cíntia Souza confessou que foi difícil acreditar ter sido Gilson o autor dessas barbaridades. “Eu o via sempre pela rua da Conceição. Tava sempre bêbado e drogado, mas era tranquilo, não mexia com ninguém. Agora, se foi ele mesmo quem fez essas coisas, ele tem que morrer”.Mas não foram só em mulheres que a prisão de Gilson teve repercussão. Em um restaurante localizado na rua da Grécia, onde o estuprador era sempre visto em frente, pedindo comida, funcionários ficaram revoltados em descobrir a identidade do maníaco. “Nem pra ele voltar aqui, agora que a gente sabe quem é. Eu coloco ele dentro do banheiro químico pra ver como é bom”, disse Caio Matos, garçom do restaurante. “E pensar que eu já dei até marmita pra ele”.VítimasNa delegacia do Bonfim, a delegada Vânia Nines  ainda aguarda que novas vítimas apareçam. Agentes do Serviço de Inteligência (SI) descobriram que o acusado trabalhou numa padaria, no  Stiep durante seis meses, há um ano, mas foi mandado embora pelos transtornos que causou no local. “Soubemos que ele quis ganhar dinheiro guardando os carros do estabelecimento e, quando o motorista não dava, ele se jogava na frente ou riscava o veículo”, declarou o chefe do SI, Gerson Mussão.Mãe do estuprador aparece Dentre as declarações dadas pelo maníaco do banheiro depois de sua prisão, uma delas foi confirmada na manhã de hoje: a de que Gilson tem sim, mãe e irmãs, que vivem em Feira de Santana. E, depois de ver na televisão imagens do filho sendo preso, dona Maria Angelita Teles Almeida viajou até Salvador para tentar rever o acusado, que, segundo ela, havia sumido de casa há mais de um ano. “Ela disse que sabia que ele aprontava, mas não imaginava onde estava. Pensou que pudesse até estar morto”, contou a delegada Vânia Nunes. “Ela me pareceu ser uma mulher humilde. Disse que nunca havia comprado um jornal, mas quando viu o filho o fez pela primeira vez. Mas confessou também que não teve coragem de abrir pra ler”.  Angelita disse também que o acusado tem duas irmãs, mas foi o único a sempre “dar trabalho a ela”.