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Parte de piso desaba em prédio que pegou fogo no Comércio

Estrutura de madeira danificada pelo fogo cedeu internamente; Defesa Civil avalia riscos

  • Foto do(a) author(a) Carol Neves
  • Carol Neves

Publicado em 23 de julho de 2025 às 10:33

Defesa Civil está no local
Defesa Civil está no local Crédito: Divulgação/Codesal

Parte do assoalho de madeira do prédio onde funcionava a loja A Lâmpada, no centro de Salvador, desabou nesta segunda-feira (22), três dias após o incêndio que destruiu o imóvel, no Comércio. Segundo a Defesa Civil de Salvador (Codesal), o desabamento ocorreu internamente e não afetou as paredes externas da construção.

O órgão realiza uma avaliação técnica no local para identificar os riscos remanescentes após o incêndio, que teve início na última sexta-feira (19) e comprometeu grande parte da estrutura.

De acordo com a Codesal, o piso que cedeu era composto por madeira e já havia sido consumido parcialmente pelo fogo. O colapso ocorreu durante a manhã, mas não houve registro de feridos.

Ainda não há previsão de liberação da área, que permanece isolada. A Defesa Civil continuará monitorando o imóvel para evitar novos acidentes.

Prédios atingidos no Comércio por Reprodução

Incêndio

O prédio em questão, um dos quatro atingidos pelo fogo, está no centro de uma disputa judicial há dois anos. Em 2023, uma ação civil pública foi instaurada para que fosse realizado o restauro do prédio onde funcionava a tradicional loja A Lâmpada. Uma decisão da Justiça, em dezembro daquele ano, determinou que o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) arcasse com os custos do restauro, o que não foi cumprido.

Todos os edifícios impactados pelo incêndio integram a região de tombamento do Conjunto Arquitetônico, Urbanístico e Paisagístico da Cidade Baixa de Salvador, protegido desde 2009 pelo instituto. A proteção, no entanto, não foi suficiente para evitar que o prédio amargasse os danos do tempo. Nesta semana, o descaso atingiu o ponto máximo: um incêndio danificou um dos edifícios, e as chamas se espalharam para outros três prédios vizinhos. 

O edifício localizado na esquina das ruas Pinto Martins e Conselheiro Dantas foi um dos mais afetados pelas chamas. Lá, funcionava a famosa loja A Lâmpada, fundada em 1925 para comercialização de equipamentos elétricos e de iluminação. O Comércio era outro, naquela época, e a efervescência comercial foi dissipada para outras regiões da capital, deixando o Centro Histórico cada vez mais de lado. O proprietário do edifício, Roberto Bastos, ficou sem dinheiro para arcar com os custos das manutenções.

Em 2023, uma ação civil pública foi ajuizada para tentar reverter esse quadro. Em dezembro daquele ano, uma decisão da Justiça determinou que a União e o Iphan elaborassem e executassem um projeto técnico de preservação do imóvel no prazo de 120 dias. O prazo nunca foi cumprido. As ações do instituto limitaram-se a estudos administrativos iniciados em outubro de 2024.