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Pedágios das BRs 324 e 116 podem ficar até seis vezes mais caros, diz entidade

Taxas não estão sendo cobradas até nova empresa administrar as rodovias

  • Foto do(a) author(a) Maysa Polcri
  • Maysa Polcri

Publicado em 28 de maio de 2025 às 14:26

BR-324
Entenda os fatores que explicam o aumento  Crédito: Divulgação ViaBahia

Os valores cobrados nos pedágios das BRs 324 e 116 podem ficar até seis vezes mais caros quando uma nova empresa assumir as rodovias, antes administradas pela ViaBahia. A análise foi feita pela Associação Nacional de Usuários de Transporte de Cargas (ANUTC), que leva em consideração três pontos principais: rentabilidade do negócio, investimentos e custos de manutenção das vias. 

De acordo com o presidente da associação, Luiz Henrique Baldez, a projeção indica aumento entre quatro e seis vezes nas tarifas cobradas aos motoristas de caminhão. A proposta de nova concessão das rodovias prevê a criação de novas praças de pedágio, duplicação de um trecho de 356 quilômetros, construção de 50 passarelas e mais de 200 novos pontos de ônibus. 

"Segundo a análise que fizemos, o pedágio vai ficar em um nível muito elevado, podendo alcançar um valor de quatro a seis vezes maior do que o praticado atualmente, e, principalmente, representar cerca de 20% do valor do frete. Isso vai encarecer o valor dos produtos que passam por essa importante rodovia da Bahia", afirma Luiz Henrique Baldez. 

BR-324 por Divulgação

"Os fatores principais que levaram a este aumento são a rentabilidade do negócio de 13%, os investimentos - que representam 50% do valor da tarifa e estão concentrados nos 10 primeiros anos, além do custo de manutenção. Na nossa opinião, o custo deveria ser de operação e não de investimentos", completa o presidente da entidade. Os valores das tarifas praticados pela ViaBahia, para caminhões, variavam entre R$ 7 e R$ 54,90, a depender do tamanho dos veículos. 

Com o encerramento da concessão, os motoristas estão isentos da cobrança desde o dia 15 de maio. As rodovias estão sob administração do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit). Quatro audiências públicas foram realizadas para discutir a nova concessão em Salvador e outras três cidades: Feira de Santana, Vitória da Conquista e Bahia. 

Luis Henrique Baldez, presidente da associação que representa os motoristas de veículos de carga, avalia a importância das vias no contexto nacional. "Estamos falando da principal via de acesso a Salvador, interligação com o Sudeste do país, e por onde passa um volume imenso de carga. Um pedágio muito elevado vai encarecer demais o custo do transporte", afirma. 

O que diz a ANTT 

As audiências foram conduzidas pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). De acordo com o  gerente de Estudos e Projetos de Rodovias do órgão, Stéphane Quebaud, os benefícios esperados da nova concessão incluem: redução do tempo de viagem, de custos operacionais e a ampliação da eficiência logística. A concessão deve gerar cerca de 228 mil empregos diretos, indiretos e por efeito renda, dinamizando a economia dos 27 municípios cortados pelo trecho, segundo o projeto. 

O investimento total estimado, segundo a ANTT, é de R$ 15,7 bilhões em capex (despesas de capital) e R$ 8 bilhões em opex (custos operacionais). Na primeira fase serão realizados os trabalhos iniciais, com foco na recuperação emergencial do pavimento, melhorias na sinalização e segurança viária. Em seguida, é esperada a recuperação completa da rodovia, restabelecendo as condições originais da malha.