Poeira, mato e ferrugem mostram descaso com vagões e estações do metrô de Salvador

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Os seis trens do sistema metroviário de Salvador - comprados pelo governo do estado por cerca de US$ 50 milhões e entregues para a prefeitura no segundo semestre de 2010 continuam parados na estação de metrô Acesso Norte (BR-324). Os 24 vagões estão cobertos de poeiras, onde há escritos que revelam o quanto a população desacredita no sistema: “Estação da ilusão”, escreveu alguém sobre o pó.

Em visita à estação, o CORREIO verificou que os trilhos e outras peças estão enferrujados, a lataria dos vagões apresenta manchas causadas por um processo de corrosão e a vegetação alta já invade o terminal.

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Viadutos construídos para passagem do metrô estão sem uso (Foto: Arquivo Correio)Há entulhos por todos os lados e excrementos denunciam que o local virou abrigo para animais. Apesar disso, a prefeitura garante que não há problema grave.“Uma auditoria foi feita ao longo de uma semana para saber como anda a infraestrutura. O documento não aponta nenhum comprometimento”, diz Jorge Khoury, presidente da Companhia de Transportes de Salvador (CTS) na gestão ACM Neto. Segundo Khoury, atualmente o que tem sido feito são movimentações dos vagões com um locotrator para evitar “calo” (prejuízo provocado pelo não uso). A parte interna dos trens parece conservada. Desde 2010 guardados em local coberto, os equipamentos antes ficaram quase dois anos (chegaram a Salvador em novembro de 2008) em um galpão sem cobertura em Simões Filho. O governo do estado precisa agora assumir a revisão dos equipamentos.

Peça de engate de vagão visivelmente enferrujada por falta de uso (Foto: Almiro Lopes)