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Polícia divulga fotos e caça sanguinários da Nova Divineia

Buscas foram realizadas no bairro do IAPI, onde as jovens foram torturadas e mortas, mas nenhum deles foi encontrado

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  • Da Redação

Publicado em 24 de novembro de 2010 às 10:21

 - Atualizado há 2 anos

Bruno Wendel|Redação CORREIO

Acusados de terem assassinado as adolescente Janaína Cristina Brito Conceição, 16 anos, e Gabriela Alves Nunes, 13, que foram encontradas decapitadas na última sexta-feira, na San Martin, Alex dos Santos Silva, 21, o “Lequinho”, Risovaldo Hora Costa, 20 anos, conhecido como  “Riso” e Adriano Silva Nunes, 22, tiveram a prisão temporária decretada ontem pela Justiça.

Buscas foram realizadas no bairro do IAPI, onde as jovens foram torturadas e mortas, mas nenhum deles foi encontrado. Os três registram passagens na polícia por diversos crimes e teriam envolvimento na morte do policial federal Leonardo Maia Fonseca, baleado e morto em março de 2009. À época, o policial investigava um crime eleitoral quando foi descoberto na Nova Divineia.

Ontem, durante as buscas na comunidade, policiais encontram o pai de Lequinho, Valfredo Miranda e Silva, 46, condenado a cinco anos de reclusão por roubo e tráfico de drogas. Conduzido à 4ª Delegacia, em São Caetano,  ele disse que tinha conhecimento dos erros de Lequinho. “Não tenho mais contato com ele. Estou tranquilo com a minha prisão”, declarou Valfredo, visivelmente embriagado.

Uma das avós de Adriano foi levada à delegacia. A idosa confirmou que o neto tem envolvimento com a criminalidade e que o pai está sofrendo com o possível envolvimento do filho na morte brutal das adolescentes, mas não sabe o paradeiro do neto.  A polícia também levou para interrogatório na 4ª DP  um casal de adolescentes. Segundo a polícia, o rapaz teria ligação com o bando dos três acusados de terem matado as jovens. Os dois acabaram liberados por falta de provas.      Impiedosos Até alguns meses atrás, o tráfico da Nova Divineia era liderado por um homem conhecido como Branco. Com a sua saída, as ordens passaram a ser dadas por Lequinho, que já foi preso por policiais da 2ª Delegacia, na Lapinha, em setembro de 2007.

Dias depois, fugiu com demais presos através de um buraco na carceragem. Segundo a polícia, em agosto, ele  e seu bando fuzilaram os irmãos Djailton e Ivanildo Santos Souza. As execuções dos rivais  foram realizadas  no IAPI, assim como a morte de  Ginay Maia Carvalho, a Gina. Na ocasião, Lequinho teria descarregado um revólver calibre 38 na jovem, que morreu na porta de casa.   Já Risovaldo e Adriano têm várias entradas  por roubo e tráfico, entre elas a Delegacia de Repressão a Furtos e Roubo. O bando também é formado por Ednei e Anderson, o Chuckie.   

Medo faz moradores ficarem em silêncioLeo BarsanMedo e silêncio imperam na comunidade Nova Divineia, IAPI. Moradores preferem não comentar a barbárie. Ontem pela manhã, duas adolescentes que passavam pela Rua da Vala, próxima ao local onde Janaína e Gabriela foram torturadas, avistaram o carro do CORREIO e comentaram: “Seria bom se a gente pudesse falar”. Mas seguiram, sem dar declarações. A comunidade também se queixa da ação da polícia. “Ano passado, quando mataram um policial federal nessa região, eles (os policiais) vieram logo e mataram cinco. Nesse caso, a polícia já sabe quem foi e até agora não resolveu. A gente tem que torcer para que outro policial seja morto. Só assim a polícia vem aqui e mata o resto dos bandidos”, disse um morador.

A reclamação dele refere-se à ação da polícia em março do ano passado, quando o policial federal Leonardo Fonseca foi morto a tiros quando ia entregar uma intimação na comunidade Nova Divineia. Mas, de acordo com o secretário de Segurança Pública, César Nunes, a polícia tem trabalhado com o mesmo rigor. “Tem investigação que a descoberta da autoria é imediata, como no caso do policial. No caso das adolescentes, a polícia está em campo e já identificou três suspeitos que estão sendo caçados”, argumentou.