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Bruno Wendel
Publicado em 7 de fevereiro de 2019 às 13:00
- Atualizado há 2 anos
Baleado durante uma troca de tiros entre policiais militares e bandidos no Complexo do Nordeste de Amaralina, no dia 8 de janeiro, o corpo do taxista Osmário Rodrigues da Silva, 67 anos, foi enterrado na manhã desta quinta-feira (7) no Cemitério Campo Santo, na Federação, sob clima de indignação de parentes e amigos. Osmário ficou 30 dias internado (Foto: Reprodução) “É uma dor muito grande para nós. Minutos antes estava com ele num ponto de táxi. Depois, soube que ele e outro colega tinham sido baleados. Ficamos sem acreditar. E agora, quem será o próximo? A gente sai para trabalhar e não sabe se volta”, comentou o também taxista Jorge Arceli, 50, morador do Nordeste de Amaralina e amigo de Osmário, durante o sepultamento.>
Após ser atingido por uma bala perdida, Osmário passou 30 dias internado no Hospital Geral do Estado (HGE), e acabou não resistindo ao ferimento.>
Na ocasião em que ele foi baleado, outro taxista também foi ferido com um tiro. Marco Antônio Rodrigues da Silva, 55, foi atingido na coxa direita, mas já recebeu alta médica.>
Conforme informações do boletim de ocorrência registrado na unidade, um terceiro baleado, identificado como Keven dos Santos Souza, 18, também deu entrada na unidade de saúde.>
Segundo a polícia, Keven estava acompanhado de três suspeitos, quando trocou tiros com homens da 40ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM/Nordeste de Amaralina), que, de acordo com a ocorrência, realizavam uma "incursão de rotina" na localidade. >
A Polícia Civil informou que o caso está sob investigação do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).>
Enterro Pouco mais de 100 pessoas participaram do sepultamento, que aconteceu por volta de 10h30. A esposa de Ormário, Márcia Oliveira dos Santos, passou mal e foi amparada por familiares. Os dois filhos do casal não quiseram falar com a imprensa, assim como outros parentes. >
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Vizinho da vítima, Thiago de Assis comentou que Osmário “era uma pessoa que todo mundo gostava, sempre prestativo”. “É só ver a multidão que veio ao enterro”, apontou. >
Outro vizinho da vítima, Danilo Cruz, também lamentou a perda. “Ele só falava nas netas deles. Uma tragédia para todos que o conheciam. Ele falava sempre das netas (de 1, 2 e 3 anos)”, comentou.>
O presidente da Associação Geral dos Taxistas (AGT), Ademilton Paim, aproveitou para criticar a falta de segurança para a categoria. “A segurança está péssima. Em 2018, foram 22 reuniões com a cúpula da SSP e só promessas de instalação de botão de pânico, aumento de realização de blitze e outras garantias. Nada disso foi feito até agora”, reclamou.>
O CORREIO procurou a SSP-BA para se manifestar, mas não obteve retorno até a noite desta quinta-feira (7)..>