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Da Redação
Publicado em 29 de janeiro de 2021 às 13:07
- Atualizado há 2 anos
O reajuste da passagem de ônibus em Salvador vai depender do futuro da Concessionária Litoral Norte (CSN). Nesta sexta-feira (29), o prefeito Bruno Reis contou que primeiro será preciso decidir o que será feito com a empresa para depois falar em aumento de tarifa. Ele se queixou das despesas e disse que vai buscar apoio do Congresso para resolver problemas relacionados ao transporte público. >
A CSN era responsável por operar todos os ônibus da Estação Mussurunga, e na divisão com as outras duas concessionárias que ganharam a licitação para gerir o transporte público de Salvador, em 2014, ficou com os itinerários da Orla. Eram 115 linhas, 700 ônibus, e cerca de 4 mil empregados.>
A decisão de interferir na CSN foi tomada no dia 20 de junho, após a empresa solicitar a intervenção através de ação judicial. Na época, a prefeitura explicou que a medida foi para preservar os 4 mil empregos e garantir a manutenção do transporte coletivo, considerado serviço essencial à população. Desde então, o Município vem arcando com as despesas. Bruno afirmou que essa situação precisa ser resolvida.>
“Nós temos que tomar uma decisão em relação à intervenção que está em curso quanto ao seu desfecho. E essa decisão vai ocorrer agora, no mês de fevereiro. Vamos decidir se nós iremos renovar a intervenção, se nós iremos contratar emergencialmente alguma empresa, se nós vamos decretar caducidade ou não. Vencida essa etapa, vamos dar início ao processo de discussão da tarifa” afirmou.>
Ele contou que está articulando com prefeitos de outras cidades uma visita ao Congresso para pedir apoio federal na gestão do transporte público. Bruno afirmou que até fevereiro R$ 40 milhões serão investidos pela prefeitura no transporte coletivo e que o Município não tem condições de manter esses subsídios.>
“Ano passado foram investidos R$ 100 milhões, sendo que R$ 85 milhões o prefeito ACM Neto pagou e R$ 15 milhões ficou para a nossa gestão pagar. Em janeiro, a prefeitura está colocando na intervenção R$ 11 milhões, e em fevereiro serão mais R$ 14 milhões. Nós já temos comprometido com o transporte público esse ano R$ 40 milhões, e a prefeitura não suporta isso, não tem como subsidiar o transporte público. Então, nós precisamos sair dessa situação da intervenção para depois discutir qualquer outra questão do transporte público”, disse.>
O posicionamento foi uma resposta ao questionamento de repórteres, na entrega de casas do Programa Morar Melhor, na Caixa D’Água, sobre a possibilidade da prefeitura reajustar a tarifa do transporte coletivo em Salvador no mês de março. Atualmente, a passagem custa R$ 4,20 e, antes da pandemia, o sistema transportava 1,3 milhão de pessoas todos os dias.>