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Restaurante popular reabre e oferece prato a R$0,50 em São Tomé de Paripe

O Prato Popular, em São Tomé de Paripe, abre de 11h30 às 13h30, de segunda a sexta-feira. São 300 refeições por dia pra quem tem cadastro. Crianças até 11 anos não pagam

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  • Da Redação

Publicado em 8 de agosto de 2012 às 08:14

Lorena Calimanlorena.caliman@redebahia.com.brArroz, feijão, almôndegas, cenoura cozida. Um copo d´água para acompanhar. Não é nada muito elaborado, mas custa R$ 0,50 e alimenta. O restaurante Prato Popular, em São Tomé de Paripe, foi reaberto esta semana, depois de um mês em reforma. O CORREIO foi lá ontem checar a qualidade do serviço.Às 11h30, quando o restaurante abre, nove crianças chegam correndo para serem as primeiras a entrar na fila e matar a fome depois da escola. A fila é pequena, mas o fluxo é contínuo. Só entra quem tem cadastro: todos os potenciais clientes do restaurante precisam passar por uma triagem antes de usufruir o serviço, que existe desde 2006 - uma das condições é ganhar menos de meio salário mínimo.Apesar de me servirem com uma porção maior do que costumo comer, consigo terminar o prato, que não deixa a desejar. A inclusão está em todas as etapas: a moça que serve é surda, e os clientes se comunicam – menos comida, mais comida – com a ajuda de sinais.Enquanto o prato parece grande demais pra mim, o gari Eduardo Ferreira, 26, se mostra bem satisfeito. “Não passo mais necessidade e não preciso trazer comida de casa para o trabalho”, conta ele, que frequenta diariamente o local.Repórter Lorena Caliman foi conferir serviço e comida: aprovadosO arroz é molinho, mas não é grudento. O feijão tem tempero na medida e é cremoso. A satisfação do simpático Edson Conceição dos Santos – o seu Edson –, 64, com o restaurante é veemente: “Se alguém falar mal disso aqui, ou eu revido ou eu saio de perto”, diz. Seu Edson não apenas vai todos os dias ao Prato Popular, como já conhece os funcionários, gestores e participa das palestras oferecidas pela Secretaria Municipal do Trabalho, Assistência Social e Direitos do Cidadão (Setad) que mantém o restaurante em parceria com as empresas Gerdau, Sodexo/Puras e Sesi.Para acompanhar o arroz com feijão, tem almôndega e cenoura cozida. A almôndega, apesar de industrializada, não desagrada. A cenoura cozida me surpreendeu e serviu como bom acompanhamento. Saí dali alimentada, apesar de sentir a refeição mais gordurosa que de costume. É a nutricionista Silsa Cadas, 27, que responde pelo cardápio, diferente a cada dia, mas montado para atender às necessidades nutricionais definidas pelo Ministério da Saúde. “As refeições são servidas segundo a necessidade do usuário e, após a refeição, os clientes podem participar da pesquisa de satisfação”, diz.Esse é o único Prato Popular da prefeitura, e tem preço menor que o Prato do Povo (com sedes no Comércio e na Liberdade), do governo estadual: enquanto o serviço do estado cobra R$ 1 para a refeição, o Prato Popular custa R$ 0,50. Em contrapartida, o Prato Popular não serve a fruta e o suco que o Prato do Povo tem: o acompanhamento do almoço é apenas água. O restaurante, que serve 300 refeições diárias, fica na rua Santa Filomena, e abre de segunda a sexta-feira das 11h30 às 13h30.Preço popular, acessibilidade, uma refeição diária garantida para a população. Crianças de até 11 anos não pagam, apesar de também precisarem ter o cadastro. O valor de um Prato Popular está acima das minhas preferências gastronômicas.