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Da Redação
Publicado em 14 de novembro de 2017 às 17:37
- Atualizado há 2 anos
Aidilson Viana de Souza, 44 anos, principal suspeito de assassinar a facadas a companheira, a corretora de imóveis Janaína Silva de Oliveira, 42 anos, na sexta-feira (10), no apartamento onde ela morava no Barbalho, se apresentou no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) nesta terça-feira (14). >
Ele chegou à unidade acompanhado de um advogado e alegou defesa legítima - afirmou que Janaína o atacou com a faca. Aildilson está custodiado no DHPP. Desde o dia do crime, a família já o havia apontado como sendo o assassino. O suspeito e a vítima (Foto: Reprodução) O feminicídio aconteceu por volta de 1h de sexta e o corpo foi encontrado pela filha dela no final da tarde do mesmo dia. Amigos da família e vizinhos do casal disseram que Aidilson era um homem ciumento, e que as brigas entre eles eram conhecidas no bairro. Aidilson, que já havia sido preso em 2014 por agredir Janaína, não tinha mais as chaves da casa da vítima.>
“Numa briga que eles tiveram, ela (Janaína) mudou a fechadura e ele não tinha mais a chave. Mesmo assim, ele ficava indo lá”, contou a filha da corretora, ao CORREIO, na manhã de domingo (12), quando o corpo de Janaína foi sepultado. A jovem identificada como Priscila, de 27 anos, era a única filha da corretora. O corpo de Janaína foi enterrado no cemitério Campo Santo, após ser velado por amigos e parentes. >
Sempre, após as brigas, Aidilson voltava e perdia perdão a Janaína. Ele chegava a fazer com que sua mãe e o filho ligassem, pedindo para que ela o aceitasse de volta. Aidilson sempre brigava com a companheira por ciúmes, ao longo dos cinco anos em que estiveram juntos. >
“Na hora que ele cismava, partia para violência”, disse a prima de Janaína, a funcionária pública Tuca Moura. Durante os cinco anos de relacionamento, Tuca acompanhou o sofrimento da prima. Por várias vezes, foi socorrê-la depois que era espancada. Segundo ela, Janaína chegou a dar queixa da violência doméstica mais de uma vez. >
Na madrugada de sexta, dia do crime, os dois tiveram mais uma discussão. A mulher foi golpeada nas costas, correu para o quatro e conseguiu trancar a porta. Uma amiga da vítima contou que o suspeito teria deixado o celular e os documentos dele dentro de casa e que, por isso, passou a noite inteira rondando o prédio. A polícia solicitou as imagens de câmeras da região que podem ter registrado a movimentação após o crime.>
De acordo com a Polícia Militar, equipes da 2ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM/Barbalho) foram acionadas por volta das 18h de sexta (10) com a informação de uma vítima de golpes de faca dentro do apartamento dela, na Rua Clínio de Jesus, no bairro do Barbalho. >