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Trabalhadores da construção pesada iniciam greve na Bahia; obras na BR-324 e do VLT são paralisadas

Assembleia foi realizada nesta quarta-feira (11), no Lote 1 da obra do VLT na Calçada

  • Foto do(a) author(a) Tharsila Prates
  • Tharsila Prates

Publicado em 11 de junho de 2025 às 19:16

Obras do VLT na Calçada
Obras do VLT na Calçada Crédito: Matheus Landim/ GOVBA

Os trabalhadores da construção pesada, representados pelo Sindicato dos Trabalhadores da Construção Pesada e Montagem Industrial da Bahia (Sintepav-BA), iniciaram nesta quarta-feira (11) uma greve geral em todo o estado da Bahia. A mobilização envolve mais de 22 mil trabalhadores, impactando diretamente obras estratégicas que somam mais de R$ 25 bilhões em investimentos públicos e privados.

Entre os empreendimentos paralisados estão trechos da BR-324 (como o trecho entre o Porto de Salvador e Valéria) às vésperas do São João, serviços de tapa-buraco, além de obras em consórcios e frentes importantes como as obras do VLT em Salvador, Ferrovia de Integração Oeste-Leste (FIOL), Barragens, Consórcio Jaguaribe, Projeto Mané Dendê.

Segundo o sindicato, as paralisações ocorrerão de forma progressiva, com abrangência em diversas cidades, incluindo: Salvador, Santo Estêvão, Chorrochó, Alagoinhas/Entre Rios, Guanambi, Barra do Choça, Santa Maria da Vitória, Cocos, Uibaí, João Dourado, Luiz Eduardo Magalhães, Piritiba, Ilhéus, Itabuna, Juazeiro, Rui Barbosa e bairros da capital como Bairro da Paz, Subúrbio Ferroviário, Santo Inácio, Largo de Roma, São Joaquim, Rótula do Abacaxi, Calçada, Águas Claras e Lauro de Freitas.

O sindicato diz que a greve é resultado do impasse nas negociações da campanha salarial 2025, iniciada pelo Sintepav-BA, "com base em uma pauta construída com responsabilidade, transparência e disposição para o diálogo". Mesmo após diversas rodadas de negociação com o Sinicon (sindicato patronal) e mediações com a Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE), não houve avanço em pontos fundamentais, como o reajuste salarial, o aumento no valor da cesta básica, a tabela salarial com o valor do salário por função, implantação de plano de saúde, a garantia do aviso prévio indenizado, a criação do Comitê da Diversidade – que, entre outras atribuições, atuará na inserção da mão de obra feminina nas obras – e a implementação do café regional nos canteiros de trabalho.

"Esses itens são essenciais para promover dignidade, igualdade e melhores condições de vida para os trabalhadores e trabalhadoras da construção pesada", diz o Sintepav.

O indicativo de greve foi aprovado por unanimidade em assembleia no dia 6 de junho e formalizado com a publicação do edital no dia 7, para respeitar os trâmites legais. A paralisação seguirá por tempo indeterminado, e o sindicato espera que o setor patronal negocie de forma efetiva, "levando em consideração o momento favorável do setor e os legítimos direitos da categoria".

Na próxima terça-feira (17), às 7h, será realizada uma assembleia geral em Salvador, na Praça do Campo da Pólvora, no bairro de Nazaré, e em todas as obras paralisadas nas diversas regiões do estado.