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Vai ter muito 'piseiro' no São João da Bahia, mas é igual a forró? Descubra

Artistas do segmento estão em alta no cenário nacional e vão tocar no interior e na capital

  • Foto do(a) author(a) Osmar Marrom Martins
  • Osmar Marrom Martins

Publicado em 18 de junho de 2023 às 05:00

João Gomes
João Gomes Crédito: Divulgação

Sensação nos últimos anos, o “piseiro” chega com toda força ao São João da Bahia este ano. Ao contrário de outros ritmos, como o sertanejo, que é muito contestado por quem gosta de curtir as festas juninas ouvindo e dançando ao som do forró pé de serra (leia no box), o piseiro é bem aceito e já está incorporado nas grandes festas, principalmente no Nordeste. Afinal seria esse novo ritmo um primo do forró?

Para entender um pouco sobre essa possível semelhança, o CORREIO ouviu Rodrigo Faour, que além de jornalista, crítico e pesquisador musical, também atua como escritor, radialista, professor, apresentador de TV, diretor e roteirista de shows e produtor musical, respeitado por artistas e intelectuais.

“O piseiro é, a meu ver, uma mistura de tecnobrega com o forró eletrônico. Este último, sem acordeon e mais baseado em teclados eletrônicos, já é bem diferente do forró raiz, pé de serra. Quem começou a difundi-lo e estourou foram os Barões de Pisadinha, que começaram a ficar mais populares em 2019, seguidos por Zé Vaqueiro, João Gomes, Nattan e Tarcísio do Acordeon.  Tem também nesse gênero Vitor Fernandes, Mari Fernandez, Japinha Conde e Eric Land”, enumera. 

Para o cantor, compositor e empresário Xand (ex-Aviões do Forró), organizador do Festival Viiixe Forró e Piseiro, que percorre o Nordeste, o piseiro não é um estilo musical. Ele falou sobre o assunto para a repórter Renata Nogueira numa entrevista ao site Splash: 

“O piseiro é um derivado do forró. Não é um estilo musical. Era o lugar onde se dançava forró. Piseiro vem da pisadinha. O nome na verdade era pisadinha, mas virou piseiro porque as pessoas vão para o piseiro dançar a pisadinha”. 

Um dos empresários mais bem sucedidos no ramo do piseiro é o baiano Orlandinho Tapajós, da Tapajós Produções. Filho do famoso Orlando Tapajós - um dos nomes mais importantes da história do trio elétrico depois de Dodô e Osmar - e gerindo a carreira de artistas como João Gomes, Orlandinho também falou sobre o tema:  “Na verdade tudo é forró. O piseiro é uma vertente do forró. O que diferencia é a musicalidade diferente do ritmo”, analisa. Para ele, os maiores nomes dessa vertente são João Gomes, Tarcísio do Acordeon, Vitor Fernandes, Mari Fernandez e Zé Vaqueiro. 

Segundo Orlando Tapajós Neto, o êxito de seu pai como empresário também no piseiro foi fruto de um trabalho de observação e persistência.  Ao lado de seu irmão Bruno ele foi mostrando ao pai o movimento que crescia Nordeste adentro à margem da grande mídia. Como ele explicou em conversa com o CORREIO: 

“Foi uma evolução natural. Do mesmo jeito que a minha família sempre foi ligada 100% a trio elétrico, meu pai veio com um braço de ter bandas nos anos 90 com a Banda Ouriço. Depois nos anos 2000 ele abriu um braço na venda de shows. Em seguida, por volta de 2012 e 2013, começamos a produzir eventos no interior do estado e agora a Tapajós começou a ser sócia de bandas, de gerir carreira de artistas ao lado da Top Eventos, de Petrolina (PE). Já estamos juntos desde 2015 com nosso primeiro artista Vitor Fernandes. E a partir dai a empresa foi evoluindo”. 

O projeto São João em todo canto é uma realização do jornal Correio com patrocínio da Via Bahia e apoio da Larco Petróleo.