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Portal Edicase
Publicado em 16 de julho de 2025 às 12:36
A percepção de mudanças no corpo pode ser decisiva para evitar complicações futuras. Muitas vezes, pequenas alterações são os primeiros indícios de doenças que avançam de forma silenciosa. Dados recém-divulgados pelo Grupo Brasileiro de Câncer de Cabeça e Pescoço (GBCP) sobre o câncer de cabeça e pescoço apontam que, em 2050, o número de casos, no Brasil, deve aumentar de 61 mil para 93 mil, representando um crescimento de 52%. >
O câncer de cabeça e pescoço abrange uma série de tumores que afetam diferentes regiões da boca. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), tais tipos são, em sua maioria, associados ao tabagismo, consumo de álcool e infecção pelo HPV (Papilomavírus Humano). >
“O câncer de cabeça e pescoço pode se manifestar de forma silenciosa no início. Por isso, é fundamental que as pessoas fiquem atentas a sintomas como feridas que não cicatrizam, rouquidão persistente e nódulos no pescoço”, alerta Natalia Valleta, oncologista e professora do curso de Medicina da Faculdade Pitágoras. >
Apesar da gravidade, muitos desses tumores podem ser detectados precocemente, o que aumenta significativamente as chances de cura. Para isso, é essencial conhecer os sinais de alerta e buscar avaliação médica ao menor indício de alteração persistente. Veja a seguir! >
Acomete lábios, gengivas, céu da boca, bochechas e língua. Os sinais de alerta incluem feridas ou lesões na boca que não cicatrizam, manchas brancas ou avermelhadas, dor ou dificuldade para mastigar ou falar e mau hálito persistente. >
Mais comum em homens e em fumantes , deve ser observado diante de sinais como rouquidão por mais de 15 dias, dor ao engolir, sensação de “caroço na garganta” e tosse persistente ou com sangue. >
Afeta a parte posterior da garganta, próxima à base da língua e às amígdalas. Dificuldade para engolir, dor de ouvido sem causa aparente, sensação de algo preso na garganta e nódulos no pescoço indicam que é hora de procurar orientação médica especializada. >
Menos frequente, pode ser identificado quando há inchaço na região da mandíbula ou do pescoço, dormência facial, dor localizada ou paralisia em parte do rosto. >
Pode ser confundido com sinusite crônica, sendo assim é importante estar atento quando houver obstrução nasal persistente de um lado, sangramentos nasais frequentes, dor facial e inchaço ao redor dos olhos. >
Geralmente tem crescimento lento, mas pode apresentar sintomas perceptíveis como nódulo na parte anterior do pescoço, rouquidão, além de dificuldade para engolir ou respirar e alterações hormonais. >
Natalia Valleta menciona que o diagnóstico precoce é o fator mais importante para o sucesso do tratamento. “Se o paciente procura ajuda logo nos primeiros sinais, as chances de cura são muito maiores. O diagnóstico é feito por meio de avaliação clínica, exames de imagem e biópsia. O tratamento pode incluir cirurgia, radioterapia, quimioterapia ou uma combinação desses métodos, conforme o estágio da doença”, explica. >
Por Camila Souza Crepaldi >