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Portal Edicase
Publicado em 18 de julho de 2025 às 15:35
O câncer em crianças é mais raro do que em adultos, mas merece atenção. No Brasil, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o câncer infantil trata-se da principal causa de morte por doenças entre crianças e adolescentes de 1 a 19 anos. Mesmo assim, muitos pais ainda não sabem que os pequenos também podem desenvolver esse tipo de enfermidade — e acabam deixando passar sinais importantes. >
A médica oncopediatra Dra. Amanda Ibagy explica que o maior desafio no diagnóstico precoce do câncer infantil é justamente o desconhecimento. “É comum os pais acharem que certos sintomas são apenas gripe ou virose. Só que, quando eles se repetem ou persistem, é preciso investigar melhor”, alerta. >
Manter um acompanhamento periódico com o pediatra é fundamental para detectar alterações precoces e garantir que qualquer sinal suspeito seja avaliado com atenção. Entre os tipos mais comuns de câncer em crianças, estão as leucemias, linfomas, tumor de Wilms e neuroblastoma. >
Embora cada tipo de câncer infantil um tenha suas particularidades, alguns sintomas costumam aparecer com frequência: >
Segundo a Dra. Amanda Ibagy, os pais devem observar mudanças no comportamento e na disposição da criança, principalmente quando os sintomas não passam com o tempo. “O mais importante é perceber quando algo foge do padrão da criança. Se isso acontecer, o ideal é procurar o pediatra e, se necessário, um especialista”, orienta. >
Ao contrário do câncer em adultos, o infantil geralmente não está ligado a fatores externos, como alimentação ou estilo de vida. Na maioria das vezes, tem origem genética ou está ligado a mutações celulares ainda pouco compreendidas. >
Apesar disso, as chances de cura são altas, principalmente quando o diagnóstico é feito no início. “Dependendo do tipo de câncer, as chances de cura chegam a 70% ou mais. Por isso, a informação é essencial. Quando os pais conhecem os sinais e confiam na própria intuição, é possível agir mais rápido”, destaca a médica oncopediatra. >
Além do tratamento médico, o suporte emocional para a criança e sua família é fundamental. Muitas instituições oferecem atendimento psicológico e acompanhamento multidisciplinar para tornar essa fase mais leve e acolhedora. “A infância é uma fase valiosa e merece atenção em todos os detalhes. Estar atento aos sinais, sem pânico, mas com responsabilidade, é um ato de cuidado e amor”, finaliza a Dra. Amanda Ibagy. >
Por Daiane Bombarda >