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Conheça os sintomas da andropausa e as formas de tratamento

A redução da testosterona após os 40 anos pode afetar o humor, o sono, o apetite sexual e até o metabolismo

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Publicado em 17 de novembro de 2025 às 18:23

Manter uma rotina saudável é essencial para lidar bem com as mudanças hormonais (Imagem: Jacob Lund | Shutterstock)
Manter uma rotina saudável é essencial para lidar bem com as mudanças hormonais Crédito: Imagem: Jacob Lund | Shutterstock

Com o passar dos anos, o corpo masculino passa por transformações hormonais que podem impactar tanto o físico quanto o emocional. Uma dessas condições é a Deficiência Androgênica do Envelhecimento Masculino (DAEM), conhecida como andropausa, caracterizada pela redução gradual da produção de testosterona — hormônio responsável pela disposição, massa muscular, desejo sexual e bem-estar geral do homem.

Embora faça parte do processo natural de envelhecimento, essa fase ainda é cercada de tabus e desinformação. Muitos homens desconhecem os sinais ou os confundem com estresse, cansaço ou depressão, o que dificulta o diagnóstico e prolonga o desconforto.

Essa dificuldade é agravada ainda pela baixa procura por acompanhamento médico, visto que 70% dos homens só procuram um médico após insistência de familiares, e mais da metade chega ao consultório com doenças já em estágios avançados, segundo dados do Centro de Referência em Saúde do Homem, de São Paulo.

Nesse contexto, a campanha Novembro Azul surge como um lembrete sobre a importância do autocuidado masculino, indo além da prevenção do câncer de próstata e estimulando um olhar mais amplo para a saúde. Falar sobre temas como a andropausa também faz parte dessa conscientização.

Redução gradual da produção de testosterona

Segundo Adelmo Aires Negre, médico da área de Urologia do AmorSaúde, rede de clínicas parceiras do Cartão de TODOS, a andropausa não acontece de forma abrupta. “Esse é um processo natural em que há uma redução gradual da produção de testosterona. Diferentemente da menopausa feminina, ela não ocorre de forma abrupta, mas, sim, progressiva, variando de homem para homem”, explica.

Conforme aponta o médico, a redução natural da testosterona costuma iniciar a partir dos 40 anos, com uma queda média de 1% a 2% ao ano. Alguns fatores, no entanto, podem acelerar esse declínio hormonal:

  • Sedentarismo;
  • Excesso de peso;
  • Consumo de álcool e tabagismo;
  • Estresse crônico;
  • Privação de sono;
  • Uso de medicamentos, como corticoides e antidepressivos;
  • Doenças metabólicas, como diabetes e hipertensão.

Sintomas mais comuns da andropausa

Adelmo Aires Negre explica que os sintomas da andropausa podem surgir de maneira discreta, mas tendem a se intensificar com o tempo. Entre os mais comuns, o médico destaca:

  • Diminuição da disposição física e mental;
  • Queda da libido e dificuldade de ereção;
  • Alterações do sono e do humor, como irritabilidade e desânimo;
  • Redução de massa muscular e aumento da gordura abdominal;
  • Diminuição da concentração e da memória.

“Esses sintomas merecem investigação, pois podem estar ligados não só à queda hormonal , mas também a doenças associadas, como obesidade, diabetes ou depressão”, alerta.

O cuidado com a alimentação é fundamental para os homens na andropausa (Imagem: Prostock-studio | Shutterstock)
O cuidado com a alimentação é fundamental para os homens na andropausa Crédito: Imagem: Prostock-studio | Shutterstock

Amenizando os sintomas da andropausa

Quando se trata de amenizar os sintomas da andropausa, o profissional adverte que, antes de recorrer à reposição hormonal, o ideal é investir em mudanças no estilo de vida, pois “a base do tratamento começa muito antes da reposição hormonal”, ressalta o especialista. Entre as principais medidas de cuidado, estão:

  • Praticar atividade física regular, especialmente exercícios de força e aeróbicos;
  • Manter uma alimentação equilibrada, rica em proteínas, frutas e vegetais;
  • Garantir sono de qualidade, evitando telas à noite e cafeína em excesso;
  • Controlar o estresse com momentos de lazer e convívio familiar;
  • Evitar o tabaco e o álcool, grandes vilões da produção hormonal.

Como manter uma vida sexual plena

A vida sexual também pode ser afetada pela andropausa, mas isso não significa o fim da atividade sexual. Segundo o médico, atividade física, boa alimentação e sono adequado contribuem diretamente para a função erétil. “Também é importante valorizar o diálogo com a parceira e buscar apoio médico para tratamento da disfunção erétil ou reposição hormonal segura, […] pois a sexualidade masculina é influenciada por três pilares: hormônio, emoção e relacionamento”, explica.

Adelmo Aires Negre reforça que os tratamentos atuais permitem bons resultados. “Hoje dispomos de terapias modernas e individualizadas, que permitem ao homem recuperar a confiança e manter uma vida sexual plena, sem riscos, quando bem acompanhadas”, diz.

Neste contexto, o médico ressalta que saber quando buscar acompanhamento profissional é fundamental. “O momento certo é quando os sintomas começam a interferir na qualidade de vida, seja pela perda de energia, pela queda da libido ou pelo desânimo constante”, alerta. 

No consultório, a avaliação médica inclui análise dos sintomas clínicos, exames de sangue (testosterona total e livre, PSA, glicemia, perfil lipídico) e avaliação geral da saúde. Além do médico da área de Urologia, o acompanhamento pode ser multiprofissional, envolvendo nutricionista, educador físico e psicólogo. “Se confirmada a deficiência androgênica, o urologista discutirá a reposição hormonal, sempre com segurança, monitorando exames e riscos cardiovasculares e prostáticos”, destaca o profissional.

Envelhecer com equilíbrio

Para o médico, o mais importante é encarar essa fase de forma positiva. “O envelhecimento masculino é um processo natural e pode ser vivido com saúde, vitalidade e equilíbrio”, afirma. O cuidado com a saúde é essencial também nessa etapa da vida. “A andropausa não deve ser vista como um problema, mas como um convite para cuidar do corpo, da mente e da autoestima. O homem que busca acompanhamento médico e adota hábitos saudáveis não apenas vive mais, mas vive melhor”, finaliza Adelmo Aires Negre. 

Por Nayara Campos da Silva