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Maio Vermelho: campanha chama a atenção para aumento dos casos de hepatites virais

Brasil registrou cerca de 700 mil casos confirmados de hepatites virais entre 2000 e 2023

  • Foto do(a) author(a) Tharsila Prates
  • Tharsila Prates

Publicado em 30 de abril de 2025 às 15:38

Campanha alerta para vacinação contra hepatites
Campanha alerta para vacinação contra hepatites Crédito: Divulgação

Infecções que atingem o fígado, causando alterações leves, moderadas ou graves, as hepatites virais representam um problema de saúde mundial. Segundo o Relatório Global sobre Hepatites de 2024, divulgado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), as infecções foram a causa da morte de mais de 3 mil pessoas por dia em todo o mundo, totalizando 1,3 milhão de mortes por ano.

O Brasil também enfrenta cerca de 700 mil casos confirmados de hepatites virais entre 2000 e 2023. Os dados são do Boletim Epidemiológico 2024 do Ministério da Saúde, que aponta a hepatite C como a mais comum no país, seguida pela hepatite B. Já a hepatite A, transmitida pela contaminação de alimentos e água, tem uma prevalência maior nas regiões Norte e Nordeste.

Buscando alertar a população sobre os perigos das infecções, o Maio Vermelho, campanha anual de conscientização sobre as hepatites virais, aborda a importância do controle, prevenção, diagnóstico precoce e tratamento adequado dessas doenças.

A biomédica do Instituto de Hematologia e Hemoterapia de Feira de Santana, Alexsandra Costa, destaca que as hepatites virais são, por muitas vezes, silenciosas e podem evoluir por anos sem apresentar sintomas. “Por isso, campanhas como o Maio Vermelho são fundamentais para promover a conscientização da população sobre a importância da testagem e da prevenção”, destaca.

Exames essenciais

Os exames sorológicos e moleculares são os principais na hora de considerar um diagnóstico de hepatites virais. Dentre os mais realizados, destacam-se: teste rápido para hepatites B e C, que detecta a presença de anticorpos ou antígenos no sangue; exames de sorologia, como HBsAg, anti-HBs, anti-HBc total, anti-HCV e anti-HAV; PCR (Reação em Cadeia da Polimerase), que identifica o material genético do vírus no sangue e é fundamental para confirmar infecção ativa e acompanhar a carga viral.

Alexsandra Costa explica que esses exames permitem identificar não apenas a presença do vírus, mas também o estágio em que está a infecção, além da resposta imunológica do paciente. “Isso é essencial para definir a conduta médica mais adequada, seja ela o início do tratamento, o acompanhamento contínuo ou a imunização em casos indicados”, aponta.

A principal recomendação para a realização dos exames é buscar orientação médica, especialmente se houver fatores de risco como histórico de transfusão de sangue antes de 1993, compartilhamento de objetos cortantes ou contato sexual sem proteção. Geralmente, para alguns exames, como os sorológicos, não é necessário jejum.

A biomédica do IHEF ressalta que, quanto mais cedo o diagnóstico, maiores as chances de um tratamento eficaz para evitar complicações como a cirrose e o câncer de fígado. Ela aponta que é essencial manter a carteira de vacinação em dia, principalmente para as hepatites A e B, infecções que se tornaram comuns na rotina dos brasileiros.

Vacinação como aliada

Principal forma de prevenção, a vacinação é a maior aliada no controle das hepatites virais, ajudando na prevenção de complicações graves das doenças, a exemplo da cirrose e do câncer de fígado. Andreia Ferreira (Coren Ba - 000.603.515), integrante da equipe de enfermagem do IHEF Vacinas, destaca que os principais imunizantes são as vacinas de hepatite A e B.

Andreia também aponta que, geralmente, as vacinas são contraindicadas apenas para pessoas com hipersensibilidade, ou seja, que possuem alergias a algum componente da vacina. “Elas podem ser aplicadas em pessoas de todas as faixas etárias. Contudo, a aplicação da vacina contra hepatite A em pessoas idosas só poderá ser realizada mediante uma solicitação médica”, explica.

A profissional do IHEF Vacinas também esclarece que a maioria das reações aos imunizantes desaparece em até 48 horas e orienta a aplicação de compressas frias sobre o local da injeção e a importância de evitar massagem na região em que a vacina foi aplicada.