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Portal Edicase
Publicado em 26 de novembro de 2025 às 11:44
O refluxo gastroesofágico é uma condição em que o conteúdo gástrico retorna para o esôfago, em razão da incontinência dos fatores que impedem esta ação. Entre os sinais mais comuns estão azia, queimação, gosto azedo na boca, regurgitação, desconforto após as refeições e irritação na garganta, que podem comprometer o bem-estar ao longo do dia. Com cuidados simples, é possível reduzir esses incômodos e melhorar a qualidade de vida, especialmente quando a atenção aos sintomas é adotada desde cedo. >
O gastroenterologista e coordenador do curso de Medicina da Uniderp Dourados, Dr. Paulo Roberto Bertoletto explica que o diagnóstico é clínico, podendo ser complementado por exames como endoscopia digestiva alta, pHmetria ou manometria esofágica, especialmente nos casos persistentes. “Quando o paciente apresenta crises frequentes, dificuldade para engolir, perda de peso ou dor intensa, é essencial consultar um especialista. O refluxo pode evoluir para inflamações no esôfago e, em alguns casos, para alterações mais graves”, afirma. >
Embora muitas pessoas recorram à automedicação, o refluxo pode se tornar crônico e causar complicações se não for tratado de forma adequada. Para quem sofre com o problema, o médico destaca cinco cuidados práticos que podem ajudar a reduzir os sintomas no dia a dia. Confira! >
Comer grandes quantidades ou deitar-se logo após as refeições facilita o retorno do conteúdo gástrico. O ideal é fazer refeições menores e esperar pelo menos duas a três horas antes de se deitar. >
Café, álcool, frituras, comidas muito gordurosas, chocolate, menta, cebola crua e bebidas cítricas podem piorar os sintomas. A orientação não é cortar tudo, mas identificar os principais gatilhos de cada pessoa. >
O excesso de peso, especialmente na região abdominal, aumenta a pressão sobre o estômago e favorece o refluxo. Pequenas reduções no peso corporal já podem trazer alívio significativo. >
Dormir com a cabeceira elevada entre 10 e 15 cm ajuda a reduzir episódios noturnos de refluxo, já que a gravidade reduz o retorno do ácido para o esôfago. >
O uso prolongado de antiácidos sem acompanhamento médico pode mascarar sintomas de doenças mais sérias. “Medicamentos como antiácidos e inibidores de bomba de prótons podem ser úteis, mas precisam ser usados de forma correta e por tempo adequado”, reforça o gastroenterologista Paulo Roberto Bertoletto. >
O especialista lembra que o refluxo tem tratamento e que mudanças no estilo de vida, associadas a acompanhamento médico, costumam trazer excelentes resultados. “O importante é que o paciente não normalize a azia frequente. Refluxo não tratado pode comprometer a qualidade de vida e, em casos avançados, provocar complicações”, finaliza. >
Por Camila Souza Crepaldi >