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Portal Edicase
Publicado em 21 de agosto de 2025 às 05:30
A torção testicular é uma condição súbita que interrompe a circulação sanguínea no órgão, comprometendo sua vitalidade em questão de horas. Afeta principalmente crianças e adolescentes, mas pode ocorrer em qualquer idade, trazendo dor intensa e risco de perda definitiva do testículo. A rapidez no diagnóstico e a decisão cirúrgica são os fatores que definem o desfecho dessa emergência. >
“Se a cirurgia for realizada nas primeiras seis horas após o início da dor, as chances de salvar o testículo chegam a 80%. Depois de 12 horas, essa taxa cai para menos de 15%”, alerta o Dr. Rodrigo Wilson Andrade, coordenador da Urologia do Hospital Albert Sabin (HAS). O médico alerta que “dor no testículo é motivo para procurar atendimento de urgência, jamais para esperar ou tentar tratar apenas com analgésicos em casa”. >
Médico
Diante desse cenário, é fundamental compreender os sinais e entender os principais riscos da torção testicular. >
A seguir, veja os principais alertas e riscos:>
A torção testicular se manifesta principalmente por dor súbita, intensa e unilateral no escroto, que pode irradiar para a virilha ou abdome inferior. Náuseas e mal-estar também podem ocorrer, mas geralmente não há febre. O início é abrupto, muitas vezes durante o sono , acordando o paciente. >
O problema está associado a uma má fixação anatômica do testículo ao escroto, o que o deixa “solto” e propenso a girar, interrompendo a circulação. Essa alteração costuma ser bilateral. É mais frequente em crianças e adolescentes, especialmente até a puberdade , mas pode ocorrer em qualquer idade. >
O diagnóstico é feito por exame clínico detalhado, com identificação de sinais como alteração da posição do testículo e sensibilidade intensa. O ultrassom Doppler ajuda a confirmar a ausência ou redução do fluxo sanguíneo, mas, diante da suspeita, o tratamento cirúrgico deve ser imediato. >
Não há prevenção para o primeiro episódio. Porém, se a torção ocorrer em um lado, recomenda-se fixar cirurgicamente o testículo contralateral para evitar novos casos. A única forma de proteger o testículo no primeiro evento é buscar atendimento médico imediatamente após o início da dor . >
A cirurgia é simples, com internação média de um dia. O retorno às atividades habituais ocorre, em geral, de dois a três dias, evitando esportes, piscinas e esforços físicos por cerca de uma semana a dez dias. Por isso, é fundamental procurar um médico aos primeiros sinais. >
“O tempo é determinante: a demora para buscar atendimento é a principal causa da perda do testículo . Pais e responsáveis devem estar atentos a qualquer queixa de dor testicular em crianças e adolescentes e procurar imediatamente um serviço de emergência”, conclui o urologista do HAS. >