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Portal Edicase
Publicado em 14 de maio de 2025 às 15:09
A ideia de complementar a alimentação com multivitamínicos parece, à primeira vista, uma atitude prudente e responsável. No entanto, essa prática, quando feita de maneira aleatória ou sem acompanhamento profissional, pode resultar em desequilíbrios sérios no corpo. >
Conforme a professora do curso de Farmácia da Faculdade Anhanguera Nathálie Melo, o consumo indiscriminado de suplementos é capaz de trazer mais riscos do que benefícios. “Existe uma ideia generalizada de que vitaminas e minerais são sempre benéficos, independentemente da dose. Mas o excesso de determinadas substâncias, como vitamina A, D, ferro e zinco, pode gerar efeitos tóxicos e até prejudicar o funcionamento de órgãos como fígado e rins”, explica. >
A seguir, entenda mais sobre como o uso de multivitamínicos pode trazer riscos ao organismo. >
Segundo a professora Nathálie Melo, o uso de multivitamínicos deve ser indicado apenas quando há deficiência comprovada. “É importante entender que suplementação não é sinônimo de prevenção. Muitas vezes, uma alimentação equilibrada já supre as necessidades do organismo, sem necessidade de recorrer a comprimidos”, reforça. >
Entre os principais riscos do uso excessivo, estão alterações gastrointestinais, dores de cabeça, distúrbios hormonais, acúmulo de metais pesados e até intoxicações. A automedicação com suplementos, principalmente aqueles comprados sem prescrição ou importados sem regulamentação da Anvisa, também pode representar um perigo à saúde. >
Outro ponto levantado pela professora é a falsa sensação de segurança que os multivitamínicos oferecem. “Algumas pessoas usam os suplementos como desculpa para manter uma dieta desequilibrada ou hábitos pouco saudáveis. Isso é um erro. A base da saúde continua sendo uma alimentação rica em frutas, legumes, proteínas e fibras, aliada a exercícios físicos e hidratação ”, afirma. >
Nathálie Melo também destaca que cada organismo é único e possui necessidades específicas. “Antes de começar a tomar qualquer suplemento, o ideal é procurar um profissional de saúde — médico, nutricionista ou farmacêutico — que possa solicitar exames e fazer uma avaliação completa”, orienta. >
Por Bianca Lodi Rieg >