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Da Redação
Publicado em 7 de maio de 2018 às 07:00
- Atualizado há 2 anos
Do reggae ao R&B, passando pelo reggaeton, trap, blues e samba, Dona de Mim (Warner), o primeiro álbum de IZA, 27 anos, combina de forma vibrante gêneros e ritmos do pop mundial de origem negra americana - e reafirma que a cantora carioca tem star quality. IZA estreia bem com o álbum Dona de Mim e vai apresentar o programa Música Boa Ao Vivo, no canal Multishow, a partir de 25 de junho (Foto/Rodolfo Magalhães/Divulgação) Tudo a ver com uma artista capaz de brilhar tanto interpretando um clássico do repertório da diva do jazz Nina Simone (1933-2003), como I Put a Spell On You, em 2017, quanto na mistura de reggae, R&B e pop do hit Pesadão, com participação de Marcelo Falcão.
"Com este álbum, eu queria que as pessoas entendessem a minha pluralidade. Eu gosto desses gêneros todos que estão no trabalho. Quem canta pop ouve um milhão de coisas, não fica focado apenas num gênero. E que entendessem também o momento que estou vivendo, eu estou me descobrindo como artista", explica.
A vida da bela Isabela Lima mudou radicalmente nos últimos três anos. Até os 25, ela era publicitária e sua musicalidade ficava restrita à família, às missas dominicais e aos happy hours com os colegas da agência onde trabalhava.
De tanto ouvir os colegas dizendo que ela devia ser cantora e, insatisfeita profissionalmente, IZA abraçou a música com paixão, chamou a atenção na internet, conseguiu um contrato com a Warner e atingiu as paradas com o single Pesadão (2017). Presente no álbum, o hit ganhou certificado de platina tripla em download e streaming, além do clipe já ter 127 milhões de views no YouTube.
Ivete e Brown - Nas letras do álbum produzido por Sérgio Santos, Pablo Bispo e Ruxell, a garota nascida em Olaria, na Zona Norte do Rio, fala de amor, autoestima, festa, positividade e sexo de forma sensual (na balada R&B Saudade Daquilo e no blues jazz Ponto, que cita o "ponto G").
A pulsação sexual, aliás, faz parte do DNA do R&B e da soul music, gêneros onde estão grandes influências vocais de IZA, como Brian McKnight, Stevie Wonder, Michael Jackson (1958-2009) e, sobretudo, Beyoncé e Rihanna. "Me espelho muito nelas", revela. Puxado pelo single Ginga, que tem som de capoeira no seu power pop dançante e participação do rapper Rincon Sapiência, Dona de Mim conta com colaborações especiais de Carlinhos Brown e Ivete Sangalo nas faixas Rebola e Corda Bamba, respectivamente.
"Brown é um dos maiores artistas do mundo, acompanha meu trabalho e é sempre gentil comigo. Na hora de gravar Rebola, que acho a faixa mais dançante do álbum, pensamos nele. E Ivete é outra grande referência também, a música foi feita pensando nela", conta.
"A axé music está na minha memória afetiva. Morei em Natal (RN), dos 6 aos 13 anos, onde ouvi muito axé na rua, na praia, no Carnaval", lembra a artista que cantou com o rapper americano CeeLo Green, no Rock in Rio 2017, e abriu o último show do Coldplay em São Paulo.
Representatividade - Ligada no que representa como exemplo de ídolo pop para os jovens negros do Brasil, assim como Taís Araújo, Lázaro Ramos, Ludmilla e Thiaguinho, ela fica feliz quando as pessoas a abordam ou mandam mensagens falando da questão.
Dona de longas tranças, IZA tem uma postura de liberdade total em relação aos seus cabelos, que podem ser crespos ou não. "É bonito ver as meninas se empoderando e deixando de alisar o cabelo. Por outro lado, não podemos cair em outra ditadura ligada ao tipo de fio de cabelo. A minha ancestralidade transcende o fio do meu cabelo, está dentro de mim. Nesse sentido, temos que ser livres de qualquer tipo de pressão da sociedade", defende.
Veja o videoclipe da canção Ginga, com participação especial do rapper Rincon Sapiência
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PRIMEIRO ÁLBUM DE PITTY COMPLETA 15 ANOS Lançado no dia 7 de maio de 2003, Admirável Chip Novo (Deck) marcou a estreia da última estrela (ou astro) produzida pelo rock brasileiro: a cantora baiana Pitty, hoje com 40 anos e em estúdio preparando um novo álbum. Produzido por Rafael Ramos, Admirável Chip Novo vendeu 370 mil cópias, gerou os grandes sucessos Máscara, Equalize e Semana Que Vem, além da faixa título. Com um dos álbuns mais marcantes da cultura pop nacional nos últimos anos, Pitty captou o sentimento girl power das adolescentes brasileiras do começo da era 2000.
Relembre o videoclipe de Máscara
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GAL COSTA INSPIRA NOVO SINGLE DO RAPPER NIKO IS Rapper americano nascido no Rio de Janeiro, Niko Is usa um gostoso sample vocal de Até Quem Sabe (Lysias Ênio e João Donato), gravada por Gal Costa no álbum Cantar (1974), no seu novo single e clipe, You Could Be My Gal. Em homenagem à cantora, o nome da música faz um trocadilho, trocando a palavra girl por Gal. Outros grandes nomes da MPB, como Gilberto Gil, Caetano Veloso, Clara Nunes, Maria Bethânia e Elis, também são citados na letra do single que tem participação especial do rapper paulista SPVIC, da banda Haikaiss.
Veja o videoclipe de You Could Be My Gal