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Victor Lahiri
Publicado em 28 de junho de 2018 às 02:58
- Atualizado há 2 anos
Quando se fala em tecnologia, é comum lembrar das facilidades que ela agrega à rotina, inclusive a economia que ela pode proporcionar. No caso dos condomínios, essa economia é possível por meio da portaria virtual, equipamento que substitui o porteiro e diminui o impacto dos encargos na folha de pagamentos. Segundo especialistas, a adoção do modelo de segurança pode reduzir em até 40% os gastos com funcionários. Mas é importante estar atento às vantagens e desvantagens do sistema, já que a opção pode não ser a melhor saída para todos os tipos de condomínio.>
As portarias virtuais ou remotas não são novidade no mercado, o sistema controlado por profissionais em uma central de monitoramento fora do condomínio, já é bem comum em prédios de menor porte e tem recebido novos acessórios para aumentar ainda mais a proposta de segurança. “A portaria virtual dá ao condomínio a opção de compartilhar o gasto”, afirma Paulo Lima, diretor da Limax Service, empresa especializada em portarias remotas.>
Na central de monitoramento, os profissionais exercem a mesma função dos porteiros presenciais, só que além de nome e RG, segundo Lima, o sistema agora faz o cadastro dos visitantes com imagem em tempo real e biometria, o que aumenta a segurança para o condomínio. “Tudo isso por um valor muito menor que o da portaria tradicional”, afirma.>
A alternativa porém, pode não ser a opção para todos os tipos de empreendimentos, segundo o gerente da Qualy Service Administração de Condomínios, Marcos Barros. Ele aponta que, em condomínios clube e conjuntos de múltiplas torres, a opção pode apresentar desvantagens. “Em todos os condomínios que atuamos, trabalhamos com porteiro, pois existem questões chave que a administração deve considerar: quem receberá as encomendas dos moradores? Em caso de um queda de energia, quem vai operar os portões manualmente?”, explica.>
Ele pontua ainda que alguns síndicos resolvem atribuir essas funções ao zelador, mas que isso pode ser considerado acúmulo de função e acabar gerando uma indenização judicial cara para os cofres do condomínio. Ele destaca, porém, que caso opte pela contratação da portaria virtual, a administração deve estar atenta às garantias de manutenção e que os possíveis problemas agregados não deve ser ignorados em troca apenas da economia, pois em caso de arrependimento, o barato pode acabar saindo caro.>