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Onde está o Brasil na transição energética?

País está bem-posicionado, mas enfrenta desafios para inovar e seguir avançando

  • Foto do(a) author(a) Estúdio Correio
  • Foto do(a) author(a) Murilo Gitel
  • Estúdio Correio

  • Murilo Gitel

Publicado em 29 de julho de 2025 às 06:00

Brasil ocupa uma posição estratégica na transição energética global, com uma matriz elétrica majoritariamente renovável
Brasil ocupa uma posição estratégica na transição energética global, com uma matriz elétrica majoritariamente renovável Crédito: Freepik

Apesar de desafios para inovar e avançar além da infraestrutura atual, o Brasil já se encontra em posição de destaque na transição energética global. De acordo com dados da think tank global Ember Energy, no ano passado, cerca de 90% da eletricidade brasileira foi gerada a partir de fontes de baixo carbono, contra uma média global de apenas 41%, colocando o país entre os líderes mundiais nesse quesito.

Esse cenário oferece uma vantagem competitiva estratégica, especialmente diante da crescente pressão regulatória e de mercado pela descarbonização. Contudo, ainda há desafios importantes para o Brasil assumir uma posição de liderança global. Entre eles, estão a necessidade de diversificação da matriz com ampliação da geração solar distribuída, investimentos em armazenamento de energia e hidrogênio verde, além de maior previsibilidade regulatória.

Especialista em precificação e gestão de carbono pela FGV e fundadora da Movimento ESG Consultoria e Capacitação, Mônica Rocha defende que inovação e políticas públicas precisam atuar de forma coordenada para garantir que a transição energética no Brasil seja, ao mesmo tempo, eficaz, justa e economicamente viável.

“Do lado das políticas públicas, o país deu um passo relevante com a aprovação da Política Nacional de Mercado de Carbono em 2024, que pode se tornar um importante indutor de novos comportamentos empresariais e investimentos em descarbonização. A combinação de regulação com incentivos fiscais e financiamento direcionado a soluções sustentáveis será essencial”, projeta Mônica.

Mônica Rocha, fundadora da Movimento ESG Consultoria e Capacitação
Mônica Rocha, fundadora da Movimento ESG Consultoria e Capacitação Crédito: Divulgação

Hubs de inovação

Nesse contexto, os chamados hubs de inovação têm um papel central na aceleração desse processo, atuando como pontes entre o mercado tradicional, tecnologias emergentes e o ecossistema empreendedor. “Ao oferecerem suporte técnico, criativo e estratégico, eles atuam como vetores de inovação e transformação cultural, conectando diferentes atores e promovendo uma transição energética mais justa, eficiente e integrada aos objetivos de desenvolvimento sustentável”, explica Paulo Henrique Oliveira, sócio-diretor do Startei.

O setor privado é um ator imprescindível nesse cenário. Na avaliação da Unipar, empresa que é referência no setor químico e petroquímico, o Brasil ocupa uma posição estratégica na transição energética global, com uma matriz elétrica já majoritariamente renovável — composta por hidrelétricas, eólicas, solares e biomassa. Esse diferencial competitivo permite ao país atrair investimentos e desenvolver soluções tecnológicas de baixo carbono.

“Além da infraestrutura energética, o avanço do mercado livre de energia e as parcerias entre setor privado e governo criam um ecossistema propício para inovação e sustentabilidade, consolidando o Brasil como líder natural na nova economia de baixo carbono”, reforça a companhia.

Paulo Henrique Oliveira, sócio-diretor do hub de inovação Startei
Paulo Henrique Oliveira, sócio-diretor do hub de inovação Startei Crédito: Divulgação

Visão estratégica

Maior produtora mundial de pigmento de titânio verticalmente integrado, a Tronox está em uma fase crucial de transição energética, impulsionada por sua visão estratégica de longo prazo, o compromisso com a sustentabilidade e a busca por eficiência operacional.

Nos últimos anos, a empresa vem buscando ativamente otimizar suas operações através da adoção de práticas mais limpas e eficientes, visando não apenas a redução de custos, mas também a construção de uma vantagem competitiva e o seu posicionamento como uma marca que atua com responsabilidade socioambiental.

“Essa jornada apresenta alguns desafios, como o alto investimento, a adaptação de infraestruturas existentes, a necessidade de qualificação da mão de obra, a integração de sistemas e de manutenção”, pontua a Tronox.

Carla Batista, consultora em ESG, destaca a importância dos investimentos em energias renováveis
Carla Batista, consultora em ESG, destaca a importância dos investimentos em energias renováveis Crédito: Divulgação

Diferencial competitivo

A consultora em ESG Carla Batista reforça que a adoção de energia renovável tem se mostrado um diferencial competitivo relevante para muitas indústrias, com impactos diretos na produtividade, eficiência operacional e posicionamento de mercado.

“Um dos principais ganhos percebidos é a redução dos custos operacionais no médio e longo prazo. Após o investimento inicial, fontes como solar e eólica apresentam baixo custo de operação e manutenção, permitindo que empresas reduzam significativamente seus gastos com energia.”

O projeto Transição Energética é uma realização do jornal Correio, com patrocínio do Sebrae, Tronox e Unipar.