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Em Salvador, Isabelle Huppert fala sobre novo filme e vontade de atuar no Brasil

Atriz diz já ter um nome em mente, mas mantém mistério

  • Foto do(a) author(a) Maria Raquel Brito
  • Maria Raquel Brito

Publicado em 6 de dezembro de 2025 às 05:00

Isabelle Huppert é amante do cinema brasileiro
Isabelle Huppert é amante do cinema brasileiro Crédito: Carol Neves/CORREIO

Isabelle Huppert gosta de se desafiar. Aos 72 anos, a atriz tem ao menos 163 filmes e 19 prêmios no currículo. Os diretores com quem trabalhou são muitos e de países variados, do Camboja às Filipinas. Nesta lista, porém, ainda falta o Brasil – mas, se depender de Huppert, não por muito tempo.

Em Salvador para apresentar seu novo filme, “A Mulher Mais Rica do Mundo”, no Festival de Cinema Francês do Brasil 2025, a atriz falou na sexta-feira (5) sobre a relação com o cinema brasileiro e a vontade de trabalhar com cineastas daqui.

Isabelle Huppert desembarcou em Salvador para apresentar seu novo filme por Carol Neves/CORREIO

“Sempre me senti atraída por trabalhar longe do meu país, como quando fiz filmes na Ásia, com pessoas como Hong Sang-soo na Coreia, Rithy Panh no Camboja ou Brillante Mendoza nas Filipinas. Quero dizer, tive muitas experiências assim no exterior e adoraria trabalhar aqui e fazer um filme aqui com um diretor brasileiro”, disse. Ela garante, inclusive, que tem alguém em mente. Quem? “Eu não vou contar pra vocês”, respondeu, com um sorriso. Entre os que ela admira, foram citados nomes como Kleber Mendonça, Walter Salles, Karim Aïnouz e Fernando Meirelles.

Em conversa com a imprensa antes do bate-papo que precedeu a exibição do novo longa, Huppert falou ainda sobre o que a atraiu em “A Mulher Mais Rica do Mundo”. Dirigido por Thierry Klifa, o filme é inspirado na figura real de Françoise Bettencourt-Meyers, herdeira do império L’Oréal, e divide-se entre o thriller psicológico e o drama burguês. A trama segue Marianne Farrère (Isabelle Huppert), uma mulher rica e influente, e Pierre-Alain Fantin (Laurent Lafitte), um jovem escritor e fotógrafo. O que se inicia com uma singela amizade abre espaço para o romantismo e para um esquema de corrupção de grandes proporções.

Isabelle Huppert por Divulgação

“Eu não fui conduzida a essa história de primeira. Eu a li e esperei até terminar o roteiro. Mas o roteiro era realmente bom e os diálogos eram muito espirituosos, muito, muito engraçados. E então, ao ler o roteiro, imediatamente percebi o potencial de todos os personagens, porque até ler eu não tinha certeza”, afirmou.

Segundo a atriz, um ponto importante do filme foi trazer uma história protagonizada por pessoas que poderiam ser categorizadas como moralmente duvidosas e fazer com que o público sinta por elas. “Esse tipo de pessoa não é imediatamente ou naturalmente tão agradável, sabe? Você as observa de longe e consegue rir com elas, e então gradualmente elas se tornam mais e mais… você se importa com elas em algum momento.”

“Espero que as pessoas aqui se conectem com a história, porque os diretores do filme se dispuseram a dar um passo atrás para realmente contá-la como se fosse ficção. Não é um documentário, embora seja baseado em dois fatos e duas pessoas”, disse Huppert ao CORREIO.