Acesse sua conta
Ainda não é assinante?
Ao continuar, você concorda com a nossa Política de Privacidade
ou
Entre com o Google
Alterar senha
Preencha os campos abaixo, e clique em "Confirma alteração" para confirmar a mudança.
Recuperar senha
Preencha o campo abaixo com seu email.

Já tem uma conta? Entre
Alterar senha
Preencha os campos abaixo, e clique em "Confirma alteração" para confirmar a mudança.
Dados não encontrados!
Você ainda não é nosso assinante!
Mas é facil resolver isso, clique abaixo e veja como fazer parte da comunidade Correio *
ASSINE

Entre perdas e ganhos, a gastronomia local fecha 2025 em alta

Já reconhecida nacional e internacionalmente a culinária da Bahia segue atraindo novos empreendimentos

  • Foto do(a) author(a) Ronaldo Jacobina
  • Ronaldo Jacobina

Publicado em 27 de dezembro de 2025 às 11:00

Amado Salvador inaugurado em outubro último  Crédito: Roberto Abreu/Divulgação 

A cena gastronômica da capital baiana ferveu neste ano de 2025. Teve premiações nacionais, conquista de boas posições em ranking latino-americano, e chefs e casas conquistando lugar de destaque no Brasil. Teve até a primeira edição do Prêmio Melhores da Gastronomia - Edição Salvador, que sacudiu toda a cadeia de bares e restaurantes. Ao longo do ano, cerca de uma dezena de restaurantes de alto padrão foi aberta na cidade. Da Pituba ao Centro Histórico. De culinária brasileira à italiana, de cozinha oriental à francesa; de gastronomia clássica à contemporânea, de mediterrânea à sertaneja, chegou quase de um tudo por aqui.

Pra começar com a letra A do nosso alfabeto gastronômico, o premiado restaurante Amado, depois de quase 20 anos, abriu sua segunda unidade no Salvador Shopping. A nova casa, comandada pelo chef Edinho Engel e o sócio Flávio Bandeira, nem bem abriu as portas, em outubro passado, e já é um estrondoso sucesso. Tal e qual o pai, da Avenida Contono. Antes dele, o empresário Múrcio Dias, que já comandava o Lotti no mesmo centro de compras, inaugurou mais um empreendimento de sucesso sob o guarda-chuva de seu grupo, o Miss Koh, especializado na cozinha asiática.

Casa Iryna atende com reservas, daí as filas na porta Crédito: Foto Guiga Mota/Divulgação 

Ainda do lado de lá da cidade, mais exatamente na divisa entre os bairros da Pituba e Itaigara, nasceu o Iryna, casa que abraça a cozinha italiana e tem menu assinado pelo chef Theo Tapioca. Tendo à frente a empresária russa Iryna Podusovska, o restaurante tem carta de drinques do premiado bartender Jonatan Albuquerque (Purgatório) e um de seus atrativos é a primeira fonte de Aperol do mundo, chancelada pela Campari.Idealizado pelo arquiteto Pedro Chezzi, que também assina o projeto do Bar Pirambeira, este novo boteco de alto padrão também chegou “causando” na Pituba. O cardápio, criado pelo chef Edu Moraes, apresenta releituras de clássicos de comida de boteco com toques autorais.

De lá a cena se expandiu para a Graça, onde o Grupo Soho cravou sua marca em mais um empreendimento focado na cozinha italiana: o Vona, projetado por Marlon Gama no casarão onde funcionou o Shiro. A ideia inicial era transferir o Pepo da Pituba para lá, mas durante a elaboração do novo cardápio, que tem assinatura do chef Peu Mesquita, os proprietários decidiram trocar o nome da casa. Ainda na Cidade Alta, baianos e turistas ganharam mais um espaço com vista para a Baía de Todos-os-Santos. O Peixe Voador, da chef Angeluci Figueiredo - conhecida como Preta - fica no terraço do Gorges, um prédio retrofitado, localizado na Rua Chile, a primeira rua do Brasil.

Mais acima da rua, o chef mais premiado da Bahia Fabricio Lemos, inaugurou o Ori Rooftop, depois de trocar o Fera Palace Hotel, onde durante quatro anos comandou o Omi, por este novo projeto gastronômico que fica no Vila Andrea, um novo hotel que promete abrir neste verão. Mas o Fera Palace não ficou sem restaurante. O Grupo Soho, liderado pela empresária Karine Queiroz, assumiu o lugar do Omí e passou a assinar como Arento, uma casa com cardápio também de Peu Mesquita.

Peixe voador na Rua Chile Crédito: Divulgação 

Perdas

Nesse tabuleiro de iguarias finas, enquanto muitos acertaram o ponto da comida, outros viram suas receitas desandar. O Jiló, um dos melhores restaurantes da cidade, encerrou as atividades em abril, apesar de estar prestes a conquistar seu lugar definitivo na cena local. Questões alheias à vontade do chef Icaro Rosa, o fizeram desligar o botão do fogão de lá para acertar na cocção do gastrobar Ayrá que, apesar de ter futuro, teve vida curta no Rio Vermelho. Quando começou a atingir o ponto de fervura, o chef fluminense recebeu a proposta de voltar a Itacaré e reabrir o Jiló, cuja história começou lá. Quem também não resistiu à temperatura da cozinha foi o Fira, do Grupo Soho. O restaurante no Caminho das Árvores tinha um ambiente charmoso, mas a aposta na culinária grega parece que não agradou aos baianos e, em abril passado cerrou as portas anunciando uma nova operação no local, que ainda não aconteceu.

E o tira e bota de panelas do fogão se deu também na Casa Chalabi, do Grupo Pasta em Casa, que trocou a calçada no Rio Vermelho por um pequeno shopping do Horto Florestal, mas logo teve que fazer o caminho de volta porque o público não curtiu a mudança. De volta às suas origens, atraiu seu público de volta, e segue fazendo sucesso com sua boa cozinha líbano-mediterrânea. E antes de apagar as luzes do salão, e o chef tirar a doma, o antigo Casa Lisboa virou Cascais, mas se manteve fiel à cozinha portuguesa. Depois mudou de dono, de chef e de culinária. Tendo á frente o chef belga Laurent Rezette, a antiga casa lusitana do Jardim Apipema, aliás, a única de cozinha autenticamente portuguesa da cidade, trocou o cardápio lusitano pelo francês e cravou o nome do atual chef na fachada: Laurent. Que em 2026 a cena continue prosperando e registrando muitos mais ganhos que perdas. Embora saibamos que é o do jogo. Feliz Ano Novo!