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Mostra “A Olho Nu” reúne mais de 200 obras de Vik Muniz em Salvador

Retrospectiva do artista plástico conta com peças inéditas no Museu de Arte Contemporânea da Bahia

  • Foto do(a) author(a) Alan Pinheiro
  • Alan Pinheiro

Publicado em 12 de dezembro de 2025 às 10:37

“A Olho Nu” reúne mais de 200 obras de Vik Muniz em Salvador
“A Olho Nu” reúne mais de 200 obras de Vik Muniz em Salvador Crédito: Divulgação/Ytallo Barreto

Das artes plásticas ao mundo da fotografia, “Ao olho nu” chega a Salvador trazendo uma retrospectiva do artista Vik Muniz para o Museu de Arte Contemporânea da Bahia (MAC), na Graça. A exposição inicia com o vernissage nesta sexta-feira (12) e a visitação para o público geral começa no sábado (13), permanecendo em cartaz até 29 de março de 2026.

“Essa é a primeira grande retrospectiva dedicada ao trabalho de Vik Muniz, com um recorte pensado para criar um diálogo entre suas obras e a cultura da região”, destaca o curador Daniel Rangel. Ele explica que a mostra segue uma linha do tempo que revela a evolução da criação artística do paulistano, indo das esculturas iniciais à transição para a fotografia e finalizando nas séries atuais.

Angelica, de Vik Muniz por Reprodução/Vik Muniz

Depois de estrear no Instituto Ricardo Brennand, em Recife, onde recebeu mais de 70 mil visitantes, Vik Muniz volta à Bahia com sua maior exposição já realizada. A mostra reúne mais de 200 peças de diferentes fases da carreira. A seleção é distribuída em 37 séries, sendo quatro delas ainda inéditas. Entre os destaques, estão quatro obras que não estavam na exposição de Recife e são inéditas no MAC. São elas, Queijo (Cheese), Patins (Skates), Ninho de ouro (Golden nest) e Suvenir #18.

Logo na entrada do MAC, esculturas tridimensionais recepcionam os visitantes. As obras são o ponto de partida da exposição e tem a função de compreender o processo criativo do artista. A maior parte dessas peças pertence à série Relicário (1989–2025), não exibida desde 2014. O recorte da curadoria privilegia montagens feitas para serem fotografadas e revela como o uso de objetos cotidianos aproxima sua obra da arte pop e popular.

Obras inéditas no Brasil

A mostra apresenta ainda Oklahoma, Menino 2 e Neurônios 2, três obras que, até este ano, somente foram exibidas na exposição de Nova York, em 2022. A exposição se encerra com a série Dinheiro vivo (2023), criada em parceria com a Casa da Moeda do Brasil a partir de fragmentos de papel-moeda.

O repertório de materiais utilizados por Vik vai do lixo ao dinheiro. Esses elementos , segundo o curador, “seduzem o olhar e convidam o público a despir-se de uma visão tradicional, permitindo enxergar tudo ‘a olho nu’”.

Ao iniciar sua carreira com esculturas, Vik passou a explorar massa, volume, volatilidade e suas relações com a percepção. A necessidade de fotografar esses trabalhos para registro despertou seu interesse pela fotografia, inicialmente por insatisfação com imagens produzidas por terceiros. Ao assumir a câmera, percebeu que podia construir cenas pensadas exclusivamente para serem fotografadas, marco que definiu um novo rumo para sua criação.

Segundo Daniel Rangel, a retrospectiva também destaca o caráter tridimensional do trabalho do artista plástico e a sua transição para a fotografia. “Vik Muniz é um ilusionista, um mágico das imagens. Ele cria aquilo que não existe, mas que passa a existir diante dos nossos olhos. Essa é a primeira grande retrospectiva pensada para dialogar profundamente com a cultura da região”, afirma.

O projeto também se expande para outros dois espaços da cidade. O ateliê do artista, no Santo Antônio Além do Carmo, será onde ocorrerão encontros e visitas, enquanto a galeria Lugar Comum, na Feira de São Joaquim, é o local onde será apresentada uma instalação site-specific inédita a partir da obra Nail Fetish. Será a primeira vez que Vik Muniz levará uma obra sua para o local.