Cadastre-se e receba grátis as principais notícias do Correio.
Monique Lobo
Publicado em 30 de maio de 2025 às 19:17
O interesse nas fontes de energia renováveis no Nordeste esteve em pauta no 1º encontro nacional do Movimento dos Atingidos por Renováveis (MAR), que aconteceu entre os dias 23 e 25 de maio, no município de Lagoa Seca, na Paraíba. >
A delegação baiana no evento contou com moradores das cidades de Morro do Chapéu, Seabra, Senhor do Bonfim, Jaguarari, Jacobina, Irecê e Juazeiro. Além deles, participaram representantes dos estados de Alagoas, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Piauí e Rio Grande do Norte e 79 organizações. >
O objetivo do encontro foi o diálogo que, segundo os presentes, não está sendo proposto pelos governantes e propor o que pode ser feito nos territórios diante do avanço dos empreendimentos de energia renovável.>
De acordo com dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), apenas na Bahia estão em operação 903 usinas de geração elétrica por meio das energias renováveis eólica e solar. Esse número pode chegar a quase 25 mil, de acordo com as previsões do acompanhamento. Esse avanço preocupa populações ribeirinhas, quilombolas e indígenas. >
Sara Payayá, moradora de Morro do Chapéu, na Chapada Diamantina, falou sobre o processo de expansão das empresas de energia no Nordeste. “Eu vejo a história da colonização se repetir, com nossas mulheres sendo ludibriadas pelos homens que chegam com estes empreendimentos como novas formas de estupro”, lamentou. >
Ela também falou sobre a defesa das pinturas rupestres que estão nas serras do território. “Cada torre instalada sobre estas inscrições destroem um pedaço de nossa história”, completou.>
De Irecê, Lucicleide Marques falou sobre o fortalecimento da resistência. “Contribuiu grandemente para o meio ambiente na assistência e no acompanhamento das comunidades tradicionais”, afirmou. >
1º encontro nacional do Movimento dos Atingidos por Renováveis (MAR)