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Baiana ligada ao PCC tentou matar Suzane von Richthofen dentro da prisão

O episódio, retratado na série Tremembé da Prime Video, levou à transferência da condenada mais notória do país

  • Foto do(a) author(a) Carol Neves
  • Carol Neves

Publicado em 4 de novembro de 2025 às 13:35

Irmãos Cravinhos e Suzane von Richthofen
Suzane von Richthofen Crédito: Reprodução | Redes Sociais

O episódio mais tenso da trajetória de Suzane von Richthofen atrás das grades acaba de voltar aos holofotes. A rebelião que quase tirou sua vida dentro da Penitenciária Feminina da Capital (PFC), em São Paulo, foi retratada na série "Tremembé", lançada recentemente pelo Prime Video, e revelou o papel de uma personagem que até hoje intriga quem acompanhou o caso: Maria Bonita, a baiana que tentou matar Suzane a mando do PCC.

De acordo com o livro "Suzane" (Editora Matrix), do jornalista Ullisses Campbell, a rebelião de 2006 não foi apenas um motim por melhores condições no presídio. As supostas reivindicações eram uma fachada: a ordem real do Primeiro Comando da Capital (PCC) era eliminar duas detentas - Suzane von Richthofen, condenada pelo assassinato dos pais, e Aurinete Félix da Silva, a Netinha, ex-fundadora do grupo e traidora que havia migrado para o Terceiro Comando da Capital (TCC).

Enquanto Netinha conseguiu fugir do ataque com ajuda da direção do presídio, Suzane ficou encurralada. A cúpula do PCC, chefiada por Quitéria Silva Santos, conhecida como “rainha da penitenciária”, ordenou que Suzane fosse executada para mostrar o poder da facção. A missão ficou sob comando de Maria Bonita, detenta de 28 anos, natural de Paulo Afonso (BA), que exercia o papel de “assessora” de Quitéria.

Alta, imponente e temida, Maria Bonita havia se aproximado de Suzane logo nos primeiros dias de prisão, oferecendo “proteção” em troca de favores. Quando a loira recusou, a relação virou ameaça. “Você sabe que não vai durar aqui dentro, né, amorzinho?”, teria dito a baiana, segundo o livro.

Veja como está Suzane von Richthofen hoje por Reprodução

Durante as 22 horas de motim, Suzane ficou escondida dentro de um armário de ferro em um almoxarifado, sem ar e sem água. Do lado de fora, Maria Bonita liderava um grupo de cerca de 40 presas armadas com facas e marretas, gritando: “Eu sei que você está aí dentro, sua cadela! Vou cortar a sua garganta!”.

A tropa de choque da PM cercava a unidade, enquanto as detentas ameaçavam incendiar as reféns com álcool. No auge do caos, Quitéria foi assassinada com uma facada no pescoço, num golpe desferido por outra detenta em meio à confusão. Sua morte desarticulou a liderança do PCC na penitenciária e encerrou o motim.

Quando os policiais finalmente invadiram o presídio, Suzane foi retirada com vida, mas em estado de choque. Pouco depois, foi transferida para o Centro de Ressocialização Feminino de Rio Claro. Maria Bonita e outras líderes do PCC foram levadas a presídios do interior.