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Câmeras registram últimos momentos de trio de mulheres na praia antes de sumiço e morte na Bahia

Corpos foram achados um dia depois das três saírem para passear com cachorro na praia

Publicado em 17 de agosto de 2025 às 13:15

Alexsandra, Maria Helena e Mariana passeavam na praia
Alexsandra, Maria Helena e Mariana passeavam na praia Crédito: Reprodução

Imagens de câmeras de segurança na região da Praia dos Milionários, em Ilhéus, no Sul da Bahia, mostram os últimos momentos em que três mulheres foram vistas antes de desaparecerem e serem encontradas mortas no dia seguinte. As vítimas são as professoras Alexsandra Oliveira Suzart, 45 anos, e Maria Helena do Nascimento, 41, e a filha desta última, Mariana Bastos da Silva, 20.

As três saíram de suas casas, em um condomínio a cerca de 200 metros da praia, para passear com um cachorro. Alexsandra e Maria Helena, que eram professoras da rede municipal, eram amigas. As três mulheres eram vizinhas no condomínio.

Por volta das 17h, as imagens mostram as três passeando na areia, perto de barracas e da água do mar, acompanhadas de um cachorro de pelagem branca. Elas cruzam com outras duas pessoas que estão correndo à beira do mar e logo depois somem do enquadramento. A praia é um ponto turístico da região. As cenas foram divulgadas quando as três ainda estavam desaparecidas.

A Polícia Civil informou que as famílias registraram o desaparecimento no mesmo dia e as buscas já estavam ativas quando, na tarde de sábado (16), os corpos foram encontrados em uma área de matagal na Praia do Sul. O Núcleo de Homicídios de Ilhéus conduz as investigações para identificar e localizar os suspeitos. 

Alexsandra, Maria Helena e Mariana estavam mortas, com sinais de ferimento por arma branca, como uma faca. O cachorro foi encontrado vivo, amarrado a um coqueiro próximo dos corpos. Não há informações se as vítimas sofreram outras violências ou se foram roubadas. A Polícia Civil diz que as imagens de câmeras serão recolhidas e analisadas como parte da investigação.

Mulheres foram vistas pela última vez caminhando em praia, antes de serem achadas mortas por Reprodução

Boatos envolvem motorista

O motorista de aplicativo William Santos Souza, de 36 anos, buscou a polícia para registrar um boletim de ocorrência depois que seu nome começou a ser associado nas redes sociais como suspeito pelo triplo homicídio. Vale destacar que não existe nenhum suspeito oficialmente identificado e informado pela polícia.

O motorista gravou um vídeo em que afirma que fotos de seu perfil em uma plataforma de transporte estão circulando em grupos de WhatsApp em Ilhéus, apontando-o como o responsável pelo crime.

"Estou nessa noite na delegacia porque alguém infelizmente teve a boa vontade de sair postando um print de minha conta como se eu fosse o criminoso que ocasionou aquela tragédia na Zona Sul", diz ele no vídeo. "Vim aqui na delegacia dar uma queixa, fazer minha defesa e dizer que não tenho nada a ver com isso. Não conheço esse pessoal que foi assassinado, tenho álibi de onde eu estava ontem o dia todo, tenho testemunha", relata o motorista.

William ressalta que boatos do tipo são perigosos e diz que recebeu ameaças. "Esse tipo de brincadeira é sacanagem, por causa de um negócio desses você acaba estragando a vida de um cidadão de bem. Podia estar rodando, ganhando meu dinheiro, mas tenho que fazer registro da ocorrência aqui para me resguardar. Vou fazer o que agora? Cheio de ameaça em cima de mim. Recebi mais de não sei quantas mensagens no Whatsapp me perguntando oq eu tinha acontecido, e nem eu sabia. Está todo mundo de minha família desesperado", acrescenta.

Luto

A Prefeitura de Ilhéus lamentou as mortes e ressaltou que as duas professoras Alexsandra e Maria Helena dedicaram as vidas ao ensino, contribuindo de forma significativa para o desenvolvimento da cidade. AS duas deixam legado de compromisso e dedicação, destaca o texto.

A Associação dos Professores Profissionais de Ilhéus (APPI-APLB) decretou luto de três dias e afirmou que o crime "choca e entristece profundamente as famílias e toda a comunidade escolar". O sindicato promete cobrar das autoridades agilidade na investigação para que os criminosos responsáveis pelo crime sejam penalizados. "Que a memória dessas educadoras inspire ainda mais nossa luta por uma sociedade justa, segura e humana", finaliza.