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Casamento: só 13% das mulheres adotam sobrenome do marido na Bahia

Levantamento Cartórios de Registro Civil mostra mudança de comportamento nos matrimônios baianos

  • Foto do(a) author(a) Monique Lobo
  • Monique Lobo

Publicado em 3 de dezembro de 2025 às 18:11

Casamento
Apenas  6,9 mil baianas adotoram o sobrenome do marido no ano passado Crédito: Shutterstock

O tempo em que as mulheres mudavam os nomes após o casamento parece ter ficado para trás. Um levantamento realizado pelos Cartórios de Registro Civil mostra que, no último ano, apenas em 13,3% dos casamentos realizados na Bahia as mulheres adotaram o sobrenome do marido. Esse é um dos menores percentuais desde a entrada em vigor do Código Civil de 2003, que garantiu igualdade de direitos. Naquele ano, 29,5% das mulheres optaram pela mudança do nome.

Em números absolutos, em 2024 foram realizados 52.623 casamentos na Bahia, sendo que em apenas 6.979 a mulher adotou o sobrenome do marido. Em 2003, este número totalizava 13.403 adoções de sobrenome dos maridos pelas mulheres, dentre um total de 45.396 casamentos.

Os dados foram compilados pela Associação dos Notários e Registradores da Bahia (Anoreg-Bahia), com base nos dados lançados pelos Cartórios do estado na Central Nacional de Informações do Registro Civil (CRC Nacional). Para o presidente da entidade, Daniel Sampaio, os números traduzem um novo momento da sociedade.

“Os dados mostram que a Bahia de hoje não é a mesma de 2003. As mulheres ocupam outros espaços na vida profissional, familiar e comunitária, e isso se reflete em escolhas muito mais conscientes sobre o próprio nome”, afirma. “Ainda temos desafios importantes em relação à igualdade de oportunidades, mas é evidente que as mulheres passaram a exercer maior autonomia nos relacionamentos – e a decisão de manter o sobrenome de solteira, ou de não adotar o nome do marido, é uma expressão muito clara dessa mudança”, acrescenta.

Novo Código Civil

Em 2002, a entrada do novo Código Civil trouxe uma série de modificações para os relacionamentos, como os novos regimes de bens em vigor nos casamentos e diversas possibilidades de adoção ou não de sobrenomes no casamento, entre elas a inclusão pelo homem do sobrenome da mulher, novidade que não “pegou” e ocorre em apenas 0,4% dos matrimônios.

Em 2003, em números absolutos, de um total de 45.396 casamentos, em apenas 60 casos o homem adotou o sobrenome da mulher. No último ano, esta opção ocorreu em 209 celebrações, dentre um total de 52.623 casamentos.

Por outro lado, os casais têm optado cada vez mais pela não alteração dos nomes de solteiro, opção que hoje ocorre em 82,9% dos casamentos – um dos maiores índices da série histórica - e, em 2003, acontecia em 32,4%. Em números absolutos, isso ocorreu em 43.633 matrimônios de um total de 52.623 casamentos, em 2024, enquanto em 2003 ocorreu em 14.697 casos de um total de 45.396 celebrações.

Outra opção que também registrou aumento foi a da inclusão de sobrenome por ambos os cônjuges no casamento, possibilidade permitida a partir do novo Código Civil. Em 2003, apenas 0,6% dos matrimônios utilizaram essa possibilidade. Já em 2024, passou a ocorrer em 3,4% dos casamentos.

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Bahia Nome Casamento Cartórios