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Extorsão de empresários e mortes brutais: como líder da facção KLV atuava em Camaçari

Bruno Cabeça agia com ‘mão de ferro’ mesmo longe da Região Metropolitana

  • Foto do(a) author(a) Wendel de Novais
  • Wendel de Novais

Publicado em 14 de maio de 2025 às 11:00

Traficante acumulou riquezas com extorsão e tráfico Crédito: Reprodução

Preso em uma cobertura avaliada em R$ 5 milhões em São Paulo, o traficante Bruno Teixeira da Silva, mais conhecido como Bruno Cabeça, tinha atuação violenta em Camaçari e municípios da Região Metropolitana de Salvador (RMS) mesmo à distância. Líder da facção Km Linha Verde (KLV), o criminoso coordenava o tráfico e homicídios em locais como Monte Gordo e Abrantes com ‘mão de ferro’.

É isso que explica o delegado federal Eduardo Badaró, coordenador das Forças Integradas de Combate ao Crime Organizado (FICCOs) da Bahia. “O alvo [Bruno Cabeça] agia com extrema violência para se sobressair por dois motivos: o fato de ser líder de uma facção menor se comparada a outras no estado e a distância da sua área, o que fazia ele se impor com episódios brutais de violência”, explica Badaró.

Bruno Cabeça ordenava crimes de apartamento de luxo Crédito: Reprodução

Longe de Camaçari e região, Bruno Cabeça se fazia presente com o terror. “Determinava assassinato de rivais, cortava partes do corpo e jogava no meio da rua. Contra empresários, agia com extorsão, cobrando taxa para que os comerciantes não fossem assaltados. Estamos em cima dessas ações e dando mais segurança a essas vítimas, mas ele agia com ‘mão de ferro’ para manter seu poder’, detalha o delegado.

A dureza das ações do criminoso, que foi capturado em uma operação da FICCO Bahia, se opõe a vida tranquila que o traficante levava na Vila Leopoldina, em São Paulo, até ser encontrado por policiais. No local, vivia em uma cobertura de um condomínio de luxo, era cercado de joias e morava ainda com ‘duas esposas’ que estavam no apartamento quando a polícia chegou.

Bruno Cabeça em apartamento onde morava com duas 'esposas' Crédito: Reprodução

O exílio de Bruno Cabeça em São Paulo se deve também a parceria que a KLV tem com o Primeiro Comando da Capital (PCC), facção que controla ações criminosas na capital paulista. Apesar de estar centrada, principalmente, na exploração do tráfico em uma área extremamente lucrativa da RMS, a KLV aumentou números de crimes violentos em atividades de opressão a rivais e a moradores dessas áreas.

Bruno Cabeça, o principal responsável pelas ações criminosas do grupo, teve três mandados de prisão por homicídios expedidos pela Justiça, sendo que em dois ele atuou como mandante e em outro participou de forma ativa, Investigadores esperam que o criminoso seja acusado ainda por uma série de outros crimes que estão em procedimentos e serão submetidos em forma de denúncia.

Antes ser preso nesta quarta-feira (14), o traficante teve o mesmo destino em 2017, quando foi capturado pela polícia em Fortaleza, no estado do Ceará. Na época, a KLV era apontada como autora de homicídios como o do cabo da Polícia Militar Eduardo Olímpio Santos Filho, 43, em Monte Gordo, dois anos antes.

Após conseguir responder em liberdade pelos crimes, Cabeça fugiu e, neste meio tempo, membro da KLV chegaram a comemorar publicamente o seu aniversário de 29 anos, em outubro de 2023. Na ocasião, traficantes armados fizeram vídeos celebrando o dia do líder da organização criminosa.