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Wendel de Novais
Publicado em 3 de dezembro de 2025 às 08:38
A Polícia Federal realizou, na manhã desta quarta-feira (3), uma operação para apurar a possível disseminação de um vírus que afeta a ararinha-azul, espécie símbolo da Caatinga e considerada criticamente ameaçada de extinção. As ações ocorreram em Curaçá, no norte da Bahia, onde há um programa de reintrodução da ave na natureza, e em Brasília. >
As investigações apontam que pessoas e empresas ligadas ao programa de reintrodução da Ararinha-Azul, em Curaçá, descumpriram normas sanitárias obrigatórias, abrindo espaço para a propagação do circovírus aviário (PBFD). A doença é altamente contagiosa, não tem tratamento e representa risco não apenas para a sobrevivência da ararinha-azul, mas também para outras aves da região. >
Espécie ameaçada de extinção: ararinhas-azuis soltas na Bahia testam positivo para vírus letal
Segundo a PF, houve resistência ao cumprimento de medidas emergenciais determinadas por órgãos ambientais, como isolamento sanitário das aves, testagens contínuas e recolhimento de animais que já estavam em liberdade. >
No total, cerca de 30 agentes participaram da operação, que teve cinco mandados de busca e apreensão autorizados pela Justiça Federal. Os policiais buscaram documentos, equipamentos e aves possivelmente infectadas. >
PF mira suspeitos de propagar vírus que contaminou ararinhas-azuis
Os suspeitos podem responder por crimes ambientais, incluindo disseminação de doença e morte de animais silvestres, além de obstrução da fiscalização. As penas podem chegar a até oito anos de prisão, somadas a possíveis sanções administrativas. >