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Wendel de Novais
Publicado em 27 de junho de 2025 às 11:55
A morte do pedreiro Evandro Silva de Araújo, de 39 anos, alvo de tiros em um canteiro de obras em Juazeiro, no norte da Bahia, aconteceu três semanas após o seu irmão, Érviton da Silva Araújo, morrer em confronto com agentes da Polícia Militar da Bahia (PM-BA) na mesma cidade. A informação foi confirmada à reportagem por uma fonte policial, que relatou uma diferença de 21 dias entre os casos que acabaram na morte dos dois. >
A fonte, no entanto, afirma que não há indícios concretos de ligação entre os casos. “O irmão do pedreiro foi morto no dia 4 de junho, em confronto com a PM. Inicialmente, não há relação entre as mortes. O que morreu em confronto com a PM tinha envolvimento com tráfico e a vítima da obra, aparentemente, não tinha envolvimento com o crime, mas as investigações estão em andamento, não descartamos nenhuma hipótese”, diz, sem se identificar. >
Érviton entrou em confronto com policiais no início do mês após ser flagrado portando uma arma de fogo no bairro Alto da Aliança. Ao perceber a presença dos policiais, ele entrou em uma residência da qual estava saindo e atirou com a aproximação dos agentes. No revide, ele acabou baleado e morto, mesmo após o socorro. O suspeito estava em posse de uma revólver e drogas. >
De acordo com informações iniciais, Evandro era funcionário de uma empresa terceirizada que está executando obras do Centro de Treinamento da Juazeirense, time da primeira divisão do campeonato baiano. No momento do serviço, dois homens chegaram em uma moto e o que estava na garupa atirou na vítima, que não teve como se defender. >
Evandro, que não tem passagem pela polícia e é descrito como um homem religioso estava na companhia de um dos seus quatro filhos no local. O jovem, inclusive, entrou em desespero após o crime. Agentes da 73ª Companhia Independente (CIPM) foram acionados, mas encontraram Evandro sem sinais vitais. >
O local foi isolado e o Departamento de Polícia Técnica (DPT) acionado para perícia e remoção do corpo da vítima do local. Na Polícia Civil, o caso foi registrado pela Delegacia de Homicídios (DH/Juazeiro), que vai apurar as circunstâncias da morte, bem como as identidades dos autores do crime e a motivação.>