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Saiba quando vale a pena sacar o FGTS antes da demissão ou aposentadoria

Especialistas explicam prós e contras das modalidades disponíveis de saque do fundo

  • Foto do(a) author(a) Larissa Almeida
  • Larissa Almeida

Publicado em 31 de julho de 2025 às 07:00

FGTS
FGTS Crédito: Agência Brasil

Os trabalhadores com carteira assinada têm o direito de, em caso de demissão, rescisão contratual ou aposentadoria, receber o dinheiro referente ao Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). Acontece que, atualmente, também é possível sacar a quantia do fundo mesmo sem esses requisitos. Mas vale mesmo a pena?

De acordo com o economista Marcelo Ferreira, a resposta é variável. “Se o fundo for usado para quitar dívidas que tem valores muito altos, em tese, vale a pena, porque ele tem uma taxa de juros menor e, nesse caso, a pessoa estaria trocando uma dívida com uma taxa de juros maior por uma menor”, aponta.

Além do saque do FGTS pelos motivos já citados, existe a modalidade do saque-aniversário, que permite ao trabalhador retirar anualmente uma parte do saldo de sua conta no mês de seu aniversário. A adesão a essa opção é voluntária e pode ser feita pelo aplicativo ou site do FGTS. Na Bahia, R$ 294,9 milhões foram sacados até junho, segundo a Caixa Econômica Federal.

FGTS por Divulgação

Marcelo Ferreira indica que essa forma de saque compromete a segurança financeira do empregado. “Se o trabalhador usar o saque-aniversário, ele perde direito do saque do FGTS se houver demissão sem justa causa, criando um comprometimento de uma reserva de emergência muito importante. Então, é preciso refletir muito antes de fazer essa decisão e verificar se há outras fontes de segurança financeira”, pondera.

Outro caso previsto de saque do FGTS é para a compra da casa própria, quando o saldo do FGTS pode ser utilizado para aquisição, construção, liquidação ou amortização do saldo devedor de imóvel residencial. Para isso, é necessário que o trabalhador tenha ao menos três anos de vínculo com o fundo, não possua financiamento ativo no Sistema Financeiro da Habitação (SFH), e o imóvel esteja localizado na cidade onde reside ou trabalha.

O saque também é permitido em situações de doença grave, como câncer ou HIV, tanto para o titular da conta quanto para seus dependentes. É preciso apresentar laudos médicos e documentação oficial que comprove o diagnóstico. Já situações de calamidade pública, como enchentes ou deslizamentos, o FGTS pode ser liberado para moradores da área atingida, desde que haja decreto governamental e o trabalhador comprove residência na região afetada.

Para esses casos específicos, o economista e educador financeiro Edisio Freire acredita que vale a pena o saque do FGTS antes de demissão ou aposentadoria. “No caso da casa própria, você está adquirindo um bem com valor agregado e importante para a família e, em caso de saúde ou calamidade, esse dinheiro pode ser importante”, justifica.

Em outros casos, ele não vê benefício no saque antecipado. “Em mais de 90% dos casos, o valor do FGTS não resolve o problema e, nesse caso, o trabalhador que saca antes fica sem o FGTS e sem o problema resolvido. Se ele for demitido, o dinheiro que ele deveria ter para garantir o sustento por alguns meses não vai existir mais e ele volta para o processo de endividamento de novo. Então, acho que saques fora desses casos não deveria existir”, reitera Edisio Freire.